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Refeição fora de casa é a "vilã" no ano
DA SUCURSAL DO RIO
Prato típico do brasileiro, o arroz com feijão e carne ficou mais barato em
2009, mas só para quem
come em casa: a refeição
fora do lar disparou e teve
a alta mais significativa do
IPCA do ano passado, segundo o IBGE.
A comida em restaurante subiu 9,05% e correspondeu ao maior impacto
individual do índice: 0,37
ponto percentual. Já os
preços nos supermercados de arroz, feijão e carnes caíram: -35,85%,
-13,14% e -5,33%, respectivamente. Somados, os três
itens contribuíram com
-0,31 ponto percentual no
IPCA de 4,31% no ano.
Segundo Eulina Nunes
dos Santos, do IBGE, a boa
safra de arroz e feijão ampliou a oferta desses produtos -voltados quase
que exclusivamente para o
mercado interno- e derrubou os preços.
Já a carne, diz, baixou
por causa da queda das exportações, que levaram a
um excedente do produto
no mercado interno.
Santos diz que a refeição
fora de casa não incorpora
só a variação dos alimentos, mas a de custos que incidem sobre os serviços.
Cita especialmente aluguel, energia, salário mínimo e gás de botijão. Todos
os itens subiram mais em
2009 do que em 2008 e
pressionaram as despesas
dos restaurantes.
Além disso, ela afirma
que o aquecimento mais
recente da economia permite aumentos mais salgados dos preços de serviços,
incluindo a alimentação.
Sob essa lógica, o lanche
fora de casa subiu 5,26% e
figurou também entre as
maiores altas do IPCA
-contribuiu com 0,09
ponto percentual no ano.
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