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Bolsa escapa da baixa com auxílio de ação da Vale
Papel da empresa sobe com
previsão de ferro mais caro
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os investidores não permitiram que a Bolsa de Valores de
São Paulo encerrasse as operações no vermelho. Compras de
ações mais expressivas no fim
do dia levaram o índice Ibovespa a terminar as operações com
alta de 0,44%, a 70.385 pontos.
Se dependesse do desempenho dos papéis da Petrobras, a
maior companhia da Bolsa, o
resultado do pregão teria sido
pior. Com a baixa do barril de
petróleo em Nova York -que
recuou 1,41%, para US$ 79,65-,
as ações da Petrobras acabaram
por recuar. No fim das operações, seu papel PN registrou
baixa de 0,16%, enquanto o ON
(ordinário) perdeu 0,90%.
Na outra ponta apareceram
as ações da Vale, que subiram e
deram fôlego ao índice Ibovespa -que reúne os 63 papéis
mais negociados. A ação preferencial "A" da Vale, responsável por 13% do total movimentado ontem, subiu 1,43%, e a ordinária ganhou 1,23%.
A informação de que o banco
de investimentos americano
Merrill Lynch elevou sua previsão para a alta dos preços do
minério de ferro em 2010 -de
15% para 50%- turbinou os papéis da Vale, uma das gigantes
mundiais no segmento.
O resultado da BM&FBovespa ficou em sintonia com o registrado pelas principais Bolsas
no exterior. Em Wall Street, o
índice Dow Jones subiu 0,50%.
Na Europa, apesar da divulgação da retração de 5% do PIB
da Alemanha no ano passado,
dado pior que o estimado, as
Bolsas escaparam de um dia
mais negativo. Em Frankfurt,
houve alta de 0,34%; em Paris,
ganho de 0,02%. Mas, em Londres, a Bolsa recuou, 0,46%.
Após o resultado trimestral
decepcionante reportado anteontem pela produtora de alumínio Alcoa -que abriu a safra
de balanços finais de 2009-,
ontem o Société Générale deu
sinais de que seu balanço pode
desagradar também.
O mercado espera que o setor
privado tenha registrado resultados positivos no quarto trimestre de 2009. Muito da alta
dos mercados acionários pelo
mundo nos últimos meses
ocorreu em cima dessa expectativa. Dessa forma, se as companhias começarem a demonstrar que houve exageros nas
projeções, as Bolsas tendem a
dar uma resposta negativa.
Se a Bolsa brasileira conseguiu evitar um dia desanimador, no mercado de câmbio o
resultado foi diferente. Apesar
de o dólar ter perdido fôlego no
cenário internacional, no Brasil
acabou por ter apreciação de
0,69% diante do real, para terminar cotado a R$ 1,76.
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