São Paulo, quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bolsa escapa da baixa com auxílio de ação da Vale

Papel da empresa sobe com previsão de ferro mais caro

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os investidores não permitiram que a Bolsa de Valores de São Paulo encerrasse as operações no vermelho. Compras de ações mais expressivas no fim do dia levaram o índice Ibovespa a terminar as operações com alta de 0,44%, a 70.385 pontos.
Se dependesse do desempenho dos papéis da Petrobras, a maior companhia da Bolsa, o resultado do pregão teria sido pior. Com a baixa do barril de petróleo em Nova York -que recuou 1,41%, para US$ 79,65-, as ações da Petrobras acabaram por recuar. No fim das operações, seu papel PN registrou baixa de 0,16%, enquanto o ON (ordinário) perdeu 0,90%.
Na outra ponta apareceram as ações da Vale, que subiram e deram fôlego ao índice Ibovespa -que reúne os 63 papéis mais negociados. A ação preferencial "A" da Vale, responsável por 13% do total movimentado ontem, subiu 1,43%, e a ordinária ganhou 1,23%.
A informação de que o banco de investimentos americano Merrill Lynch elevou sua previsão para a alta dos preços do minério de ferro em 2010 -de 15% para 50%- turbinou os papéis da Vale, uma das gigantes mundiais no segmento.
O resultado da BM&FBovespa ficou em sintonia com o registrado pelas principais Bolsas no exterior. Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,50%.
Na Europa, apesar da divulgação da retração de 5% do PIB da Alemanha no ano passado, dado pior que o estimado, as Bolsas escaparam de um dia mais negativo. Em Frankfurt, houve alta de 0,34%; em Paris, ganho de 0,02%. Mas, em Londres, a Bolsa recuou, 0,46%.
Após o resultado trimestral decepcionante reportado anteontem pela produtora de alumínio Alcoa -que abriu a safra de balanços finais de 2009-, ontem o Société Générale deu sinais de que seu balanço pode desagradar também.
O mercado espera que o setor privado tenha registrado resultados positivos no quarto trimestre de 2009. Muito da alta dos mercados acionários pelo mundo nos últimos meses ocorreu em cima dessa expectativa. Dessa forma, se as companhias começarem a demonstrar que houve exageros nas projeções, as Bolsas tendem a dar uma resposta negativa.
Se a Bolsa brasileira conseguiu evitar um dia desanimador, no mercado de câmbio o resultado foi diferente. Apesar de o dólar ter perdido fôlego no cenário internacional, no Brasil acabou por ter apreciação de 0,69% diante do real, para terminar cotado a R$ 1,76.


Texto Anterior: Venezuela: Chávez ameaça expropriar loja que elevar preço
Próximo Texto: Fluxo cambial começa ano com saída de US$ 1,8 bi
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.