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Clinton diz manter confiança no Brasil
de Nova York
Preocupado em acalmar os
mercados, o presidente dos
EUA, Bill Clinton, quebrou um
silêncio de quase um mês e
concedeu entrevista coletiva,
ontem, para reafirmar sua confiança no governo brasileiro.
Desde o ano passado, Clinton
tem sido um dos principais defensores do Brasil junto a organismos internacionais e lideranças estrangeiras.
O presidente estava evitando
falar com a imprensa devido ao
processo de impeachment que
está sofrendo e que começa a
ser debatido hoje no Senado.
Ele afirmou estar acompanhando a situação brasileira,
tendo entrado em contato com
o governo. Ele estava acompanhado do secretário do Tesouro dos EUA, Robert Rubin.
A entrevista ocorreu momentos após um encontro com 11 líderes trabalhistas, na Casa
Branca (Washington).
"Estamos monitorando muito de perto o desenvolvimento
dos acontecimentos. Temos
um forte interesse na situação
do Brasil, com quem temos trabalhado em frentes tão importantes e que desempenha um
papel importante para o mundo. Eles devem ir adiante na
sua reforma fiscal e ter sucesso
na empreitada. E temos certeza
de que terão", afirmou Clinton.
O presidente afirmou ter entrado em contato com líderes
do G-7 (Grupo dos Sete, que
reúne os sete países mais ricos
do planeta) e com o FMI (Fundo Monetário Internacional)
para discutir a situação brasileira e encontrar uma forma de
demonstrar apoio.
Clinton lembrou que a América Latina é o mercado consumidor de produtos norte-americanos que mais cresce no
mundo. "E o Brasil é o maior
país latino-americano", disse.
"Espero que os problemas sejam resolvidos de modo satisfatório, não só para os brasileiros, mas para toda a América,
para que todos continuem a
desfrutar do progresso econômico visto nos últimos anos."
O secretário Rubin reafirmou
sua confiança na aprovação do
pacote fiscal brasileiro e disse
que a situação agora é política.
"O Brasil deve continuar a implementar as reformas."
(MaD)
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