São Paulo, quinta, 14 de janeiro de 1999

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Clinton diz manter confiança no Brasil

de Nova York

Preocupado em acalmar os mercados, o presidente dos EUA, Bill Clinton, quebrou um silêncio de quase um mês e concedeu entrevista coletiva, ontem, para reafirmar sua confiança no governo brasileiro.
Desde o ano passado, Clinton tem sido um dos principais defensores do Brasil junto a organismos internacionais e lideranças estrangeiras.
O presidente estava evitando falar com a imprensa devido ao processo de impeachment que está sofrendo e que começa a ser debatido hoje no Senado.
Ele afirmou estar acompanhando a situação brasileira, tendo entrado em contato com o governo. Ele estava acompanhado do secretário do Tesouro dos EUA, Robert Rubin.
A entrevista ocorreu momentos após um encontro com 11 líderes trabalhistas, na Casa Branca (Washington).
"Estamos monitorando muito de perto o desenvolvimento dos acontecimentos. Temos um forte interesse na situação do Brasil, com quem temos trabalhado em frentes tão importantes e que desempenha um papel importante para o mundo. Eles devem ir adiante na sua reforma fiscal e ter sucesso na empreitada. E temos certeza de que terão", afirmou Clinton.
O presidente afirmou ter entrado em contato com líderes do G-7 (Grupo dos Sete, que reúne os sete países mais ricos do planeta) e com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para discutir a situação brasileira e encontrar uma forma de demonstrar apoio.
Clinton lembrou que a América Latina é o mercado consumidor de produtos norte-americanos que mais cresce no mundo. "E o Brasil é o maior país latino-americano", disse.
"Espero que os problemas sejam resolvidos de modo satisfatório, não só para os brasileiros, mas para toda a América, para que todos continuem a desfrutar do progresso econômico visto nos últimos anos."
O secretário Rubin reafirmou sua confiança na aprovação do pacote fiscal brasileiro e disse que a situação agora é política. "O Brasil deve continuar a implementar as reformas." (MaD)



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