|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FIF e poupança são os mais indicados
da Redação
Quem tem dinheiro na poupança
não deve se assustar com essa mudança na política cambial e correr
ao banco para retirar o dinheiro.
As cadernetas vão continuar rendendo TR mais 0,5%, como até
agora, e daqui para a frente até
mais, porque os juros subiram.
Essa elevação de juros vai se refletir na poupança porque os CDBs
prefixados constituem a base de
cálculo da TR, após a aplicação de
um redutor que está neste mês em
1,45%.
A poupança do último dia 11 já
estava pagando 1,3974%, contra
1,2390% no dia 4, "aniversário"
com os mesmos 23 dias úteis. Vai
render mais, pelo menos nesse primeiro momento da nova política
cambial.
A partir do dia 24, entra em vigor
o IOF de 0,38% para substituir provisoriamente a ausência da CPMF,
o imposto do cheque. O IOF vai pegar todas as aplicações, exceto a caderneta de poupança.
Fundos
Os chamados fundos tipicamente DI, de 30 ou 60 dias, já eram e
agora são ainda mais as aplicações
recomendadas para esse momento
de turbulência. As taxas acompanham as oscilações praticamente
diárias dos juros no mercado.
De uns tempos para cá, como os
próprios títulos do governo têm sido remunerados pelos juros diários do overnight (taxa Selic), praticamente todos os fundos (DI ou
renda fixa tradicional) rendem pelas taxas acumuladas diariamente.
Mas podem existir fundos que fizeram operações de "swap" (troca) ou futuro para prefixado no
mercado de derivativos. Aí o efeito
é o mesmo de fundos que compraram CDBs prefixados, por exemplo.
Cotistas de fundos que eventualmente tenham esse perfil deverão
se assustar novamente agora com
eventual ajuste, para baixo, do valor da cota. Deve ficar claro, entretanto, que isso é uma medida técnica que não significa prejuízo para o investidor.
Só há prejuízo se o investidor se
assusta e resolve sacar o dinheiro
de forma precipitada, antes do
"aniversário". Normalmente já
perderia os juros do período, que
só são pagos na data de "aniversário". Com ajuste de cota, pode ter a
infelicidade de pegar na saída uma
cota de valor mais baixo.
O ajuste é feito para que o fundo
passe a render mais, pelo novo patamar dos juros.
A avaliação do mercado é que
ajustes de cota para baixo no momento atual será menos intensa do
que antes. Na crise asiática, em 97,
cerca de 70% dos fundos tiveram
de fazer esse tipo de ajuste. Em 98,
na crise russa, já foram uns 30%. O
número deve ser menor agora.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|