DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A situação financeira da Eletropaulo pode levar a uma intervenção da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) na empresa. Isso poderá acontecer caso a agência avalie que a qualidade dos serviços prestados aos consumidores possa ser afetada.
"Até o momento, não é indicada a intervenção, mas mantemos a vigilância permanente", disse José Mário Abdo, diretor-geral da agência reguladora.
A AES declarou-se em "default técnico" -jargão usado no mercado para definir calote- e deixou de pagar uma parcela de US$ 85 milhões da dívida que tem com o BNDES, cuja garantia é a própria Eletropaulo. "É uma decisão da empresa se endividar em dólar. A nossa cobrança [por qualidade de serviço" acontece do mesmo jeito", disse Abdo.
A decisão de intervir ou não na Eletropaulo dependerá da avaliação da Aneel sobre a capacidade financeira de a empresa gerir a concessão. Para a agência, existem diferenças entre a AES, controladora, e a Eletropaulo, que é uma concessão.
A AES foi multada pela Aneel por ter tentado "reduzir o capital" -retirar dinheiro da empresa- da AES Tietê no final do ano passado.
A empresa teria consultado a agência sobre a possibilidade da retirada de dinheiro, e o pedido foi negado. Como a retirada foi feita assim mesmo, foi aplicada multa.


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