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Para Setubal, crescimento do PIB não deverá passar de 4%
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil deve crescer pouco
menos do que 4% neste ano. Os
potenciais impactos do PAC, o
plano do governo que pretende
vitaminar o crescimento, ainda
são incertos, mas eles virão, se
vierem, apenas em 2008. As
previsões são do presidente do
Banco Itaú, Roberto Setubal.
Os juros, diz ele, devem continuar em queda. Na avaliação
do presidente de um dos maiores bancos privados do país, a
taxa básica da economia (Selic)
pode chegar a 11,5% até o final
do ano. O cenário, ressalta Setúbal, "é possível", mas "depende de que o mundo internacional continue positivo". A previsão de 11,5% também é apontada pelo boletim Focus, do Banco Central, que ouve semanalmente analistas de mercado.
"Ainda não está bem dimensionado o efeito que o PAC pode ter", diz ele, fazendo a ressalva de que "no primeiro ano não
vai ser nada muito expressivo".
Apesar de traçar um cenário
relativamente benigno, como
gostam de dizer os economistas, Setubal diz que é preciso
muito mais reformas para que
o país possa crescer a taxas superiores a 5% ao ano. Reformas, diz ele, que levem ao aumento dos investimentos.
O presidente do Itaú listou as
reformas tributária, da Previdência, a trabalhista e até a reforma política, "para dar mais
eficiência à nossa democracia".
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