|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Indústria precisa formar 3 milhões ao ano até 2014
Leticia Moreira/ Folha Imagem
|
|
Centro de Apoio ao Trabalhador na região da Luz, em São Paulo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Estudos realizados pela indústria apontam para um aumento do desequilíbrio entre
oferta e procura por mão de
obra qualificada até 2014, exigindo a formação profissional
de cerca de 3 milhões de trabalhadores por ano para atender a
demanda do setor.
Segundo o gerente do Observatório Ocupacional do Senai,
Márcio Guerra, desde o ano
passado o descompasso vem
sendo provocado pela nova onda de investimentos na economia, pelo crescimento acelerado do emprego, pela exigência
de maior qualificação devido
aos avanços tecnológicos e ainda por conta do baixo nível da
qualidade de ensino no Brasil.
"Para resolver o problema, é
necessário haver articulação e
antecipação", afirma Guerra.
Segundo ele, as projeções da indústria sinalizam que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste deverão apresentar
crescimento da busca por trabalhadores acima da média.
"Os Estados dessas regiões
deverão demandar mais mão
de obra qualificada, não só por
conta do maior volume mas
também pela diversificação das
atividades", completou.
No setor da construção civil,
sondagem realizada pela Cbic
(Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e pela CNI
(Confederação Nacional da Indústria) em dezembro do ano
passado mostra que o segundo
maior problema enfrentado
pelos empresários em 2009 foi
a falta de trabalhador qualificado. O principal entrave foi a elevada carga tributária.
"Vamos sentir mais ainda
nos próximos anos. Isso não é
problema só para este ano, porque a formação leva tempo.
Quanto mais qualificado precisa ser o trabalhador, maior é a
dificuldade para encontrá-lo",
disse o presidente da Cbic, Paulo Safady. "O que nos preocupa
muito é que nunca mais na vida
teremos o volume de mão de
obra na construção civil como
houve no passado."
No Distrito Federal, os atuais
80 mil trabalhadores do setor
da construção civil já não são
suficientes para atender as necessidades da região.
"Brasília virou o maior canteiro de obras do Brasil. As empresas começaram a trazer trabalhadores do Maranhão, do
Piauí e de Goiás que já atuam
no setor", afirmou o presidente
do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília,
Edgar de Paula Viana.
Texto Anterior: Alta rotatividade também é motivo para sobra de vagas no mercado Próximo Texto: Indicação é principal ferramenta de contratação Índice
|