São Paulo, domingo, 14 de fevereiro de 2010

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Indicação é principal ferramenta de contratação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Diante das dificuldades em conseguir profissionais qualificados no mercado, a construtora Brookfield Incorporações vai buscar talentos dentro da universidade. "Frequentamos as feiras das principais instituições de ensino de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro em busca de profissionais em formação", afirma a superintendente de recursos humanos Lygia Villar.
"Com o mercado aquecido, sentimos dificuldade com contratação, então valorizamos os estagiários."
Já para encontrar profissionais para atuar diretamente nas construções, como eletricistas, pedreiros e auxiliares, são os próprios engenheiros que selecionam os candidatos utilizando uma técnica simples: colocam uma placa em frente ao canteiro de obras.
Outra estratégia utilizada nesse mercado é montar um banco de dados com informações de profissionais que atuam na área.
"Mas a indicação é a principal ferramenta", afirma Valéria Fernandes, diretora de recursos humanos da construtora e incorporadora Even.
Fernandes diz ainda que as empresas enfrentam concorrência de outros setores. "Muito engenheiro civil saiu de sua área em busca de outras oportunidades."

Demora
No setor de análises clínicas, a busca por um profissional que possua as características necessárias ao cargo pode levar meses. Maurício Rossi, diretor de RH da Roche Diagnóstica, diz que, para encontrar um vendedor para atuar na área de coagulação, demorou cinco meses. "Usamos muita indicação, porque esse é um mercado muito específico", afirma.
Apesar de postos do Sine/ CAT (Central de Apoio ao Trabalhador) como o da região central de São Paulo, um dos maiores do país, oferecerem vagas até para enólogos, profissionais qualificados dificilmente procuram esses locais.
"Mesmo não alcançando esse público mais qualificado, não deixamos de oferecer essas vagas e as divulgamos para criar uma cultura de integração", afirma a gerente da unidade, Roseli Maria Saccardo. O posto atende, em média, de 650 a 700 pessoas por dia, de segunda a sexta.
(PAULA NUNES)


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