São Paulo, sexta-feira, 14 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Indiana Tata Steel quer investir no país

CIRILO JUNIOR
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A siderúrgica indiana Tata Steel estuda investir na exploração de minério de ferro e na produção de aço no Brasil. A informação é do assessor do diretor-gerente da companhia, Amit Chatterjee, que confirmou manter negociações com a Vale e a CSN a respeito de possíveis parcerias no Brasil.
Entre os projetos avaliados pela companhia indiana, está a participação na siderúrgica que será erguida no Pará. O projeto está sendo coordenado pela Vale, que tem a missão de atrair sócios externos para a usina.
Ele disse que o ideal para a Tata é que a planta siderúrgica esteja próxima da produção de minério. Por isso, analisou, a companhia avalia diversos locais no mundo, ainda que a preferência para investir na produção de aço seja a Índia. "É possível [sobre o investimento no Pará]. Nosso projeto pode ser em qualquer país, depende de onde a matéria-prima virá."
Chatterjee disse que a Tata Steel tem planos de investir apenas em parcerias, a exemplo do que faz com minério de ferro na Austrália e com carvão em Moçambique. Segundo ele, o investimento em minério de ferro é mais vantajoso para as mineradoras, e o melhor, para sua companhia, seria ter participação minoritária.
O diretor-executivo de mineração da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Juarez Saliba, não quis comentar as afirmações de Chatterjee. Ele anunciou, porém, que, a exemplo da Vale, a CSN quer atrair empresas européias para investir na produção de pelotas de minério de ferro em sua área no porto de Itaguaí, no Rio. Saliba admitiu a possibilidade de a CSN atuar como parceira nesses projetos, mas que o ideal é ser só o fornecedor da matéria-prima. "Depende deles [dos possíveis sócios]. Se quiserem fazer sozinhos, até prefiro. Se quiserem parceiro para se garantir em termos de matéria-prima, podemos entrar."

Planos
O Brasil é um pólo atraente para siderúrgicas européias que queiram investir em pelotização, avaliou. Ele afirmou que a China é o melhor local para tal atividade, em função dos custos baixos. Por isso, descartou a possibilidade de tentar atrair os chineses e vai se concentrar nos europeus. "Queremos trazer cada vez mais empresas siderúrgicas européias para construir pelotizadoras em volta das áreas do porto."
No evento, o diretor-executivo de ferrosos da Vale, José Carlos Martins, disse que a empresa estuda investir na produção de pelotas na Malásia.


Texto Anterior: Vale fica mais perto de comprar a Xstrata
Próximo Texto: Resultado: MMX registra lucro líquido de R$ 765,6 milhões em 2007
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.