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Indiana Tata Steel quer investir no país
CIRILO JUNIOR
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A siderúrgica indiana Tata
Steel estuda investir na exploração de minério de ferro e na
produção de aço no Brasil. A informação é do assessor do diretor-gerente da companhia,
Amit Chatterjee, que confirmou manter negociações com a
Vale e a CSN a respeito de possíveis parcerias no Brasil.
Entre os projetos avaliados
pela companhia indiana, está a
participação na siderúrgica que
será erguida no Pará. O projeto
está sendo coordenado pela Vale, que tem a missão de atrair
sócios externos para a usina.
Ele disse que o ideal para a
Tata é que a planta siderúrgica
esteja próxima da produção de
minério. Por isso, analisou, a
companhia avalia diversos locais no mundo, ainda que a preferência para investir na produção de aço seja a Índia. "É
possível [sobre o investimento
no Pará]. Nosso projeto pode
ser em qualquer país, depende
de onde a matéria-prima virá."
Chatterjee disse que a Tata
Steel tem planos de investir
apenas em parcerias, a exemplo
do que faz com minério de ferro
na Austrália e com carvão em
Moçambique. Segundo ele, o
investimento em minério de
ferro é mais vantajoso para as
mineradoras, e o melhor, para
sua companhia, seria ter participação minoritária.
O diretor-executivo de mineração da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Juarez Saliba, não quis comentar as afirmações de Chatterjee. Ele
anunciou, porém, que, a exemplo da Vale, a CSN quer atrair
empresas européias para investir na produção de pelotas de
minério de ferro em sua área no
porto de Itaguaí, no Rio. Saliba
admitiu a possibilidade de a
CSN atuar como parceira nesses projetos, mas que o ideal é
ser só o fornecedor da matéria-prima. "Depende deles [dos
possíveis sócios]. Se quiserem
fazer sozinhos, até prefiro. Se
quiserem parceiro para se garantir em termos de matéria-prima, podemos entrar."
Planos
O Brasil é um pólo atraente
para siderúrgicas européias
que queiram investir em pelotização, avaliou. Ele afirmou que
a China é o melhor local para
tal atividade, em função dos
custos baixos. Por isso, descartou a possibilidade de tentar
atrair os chineses e vai se concentrar nos europeus. "Queremos trazer cada vez mais empresas siderúrgicas européias
para construir pelotizadoras
em volta das áreas do porto."
No evento, o diretor-executivo de ferrosos da Vale, José
Carlos Martins, disse que a empresa estuda investir na produção de pelotas na Malásia.
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