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Funcionários fazem presidente da Sony francesa de refém
Empregados de fábrica que será fechada afirmam estar insatisfeitos com os benefícios oferecidos pela empresa
No ano passado, houve pelo menos dois casos similares
na França, um em uma
fábrica de autopeças e outro
em uma indústria de sorvete
DA REDAÇÃO
O presidente-executivo da
Sony na França, Serge Foucher,
foi mantido refém por várias
horas por funcionários insatisfeitos com os benefícios oferecidos pela empresa japonesa
para cerca de 300 trabalhadores demitidos.
Foucher e o diretor de recursos humanos, Roland Bentz, foram fazer uma visita final anteontem aos funcionários da fábrica em Pontonx-sur-l'Adour
(no sudoeste francês), que será
fechada em abril, e dezenas de
trabalhadores impediram a saída deles do local, fazendo uma
barricada na entrada do estabelecimento com troncos de árvore. Eles só foram liberados
depois que concordaram em
renegociar o acordo com os trabalhadores demitidos.
Por volta das 10h de ontem
(horário local), os dois executivos deixaram a fábrica em um
ônibus e foram levados para
uma cidade vizinha para negociar com os funcionários. "Estou feliz por estar livre e ver a
luz do dia de novo", disse Foucher antes de entrar no veículo.
Os trabalhadores afirmam
que outros funcionários da
Sony que serão demitidos receberão mais benefícios do que
eles. Segundo Patrick Achaguer, membro da CGT, a principal entidade sindical francesa,
os funcionários querem treinamento para ajudá-los a encontrar um novo trabalho e ajuda
financeira se precisarem mudar de cidade para exercer a nova função. "Todos seremos demitidos. Queremos ser tratados
de maneira digna."
"Eu nunca vou encontrar trabalho na minha área aqui perto", disse Thierry Dussarat, que
trabalhava havia 22 anos na fábrica, inaugurada em 1984. "Só
grandes companhias contratam esse tipo de pessoal, e, nessa região, elas são raras."
O fechamento da fábrica
francesa faz parte dos planos da
Sony anunciados em dezembro
que preveem o corte de 8.000
vagas no mundo todo, ou cerca
de 4% da sua força de trabalho.
Não é o primeiro caso recente na França em que funcionários mantêm diretores reféns.
No ano passado, um executivo
de uma fábrica de autopeças foi
mantido em seu escritório por
48 horas. Também em 2008, a
polícia invadiu uma fábrica de
sorvetes para liberar um gerente que foi feito refém por funcionários insatisfeitos com as
demissões.
Com agências internacionais
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