Ciclo de alta dos juros deve ser curto, diz Tendências

O ciclo de aumento de juros, que deve começar na próxima semana, segundo a maior parte dos analistas de mercado, deve ter vida curta e intensidade menor do que a de outros períodos da economia brasileira, de acordo com a análise da consultoria Tendências.
Para a consultoria, o Banco Central deve fazer quatro altas consecutivas de 0,25 ponto percentual e a Selic deve encerrar o ano em 12,25%. A previsão é a de que a inflação medida pelo IBGE termine este ano em 4,8%, um pouco acima da meta de 4,5% do governo para o valor do IPCA.
De acordo com a análise, o aquecimento da demanda é um dos fatores que farão com que a inflação supere o centro da meta do governo, porém a consultoria diz esperar um enfraquecimento das pressões agrícolas suficiente para manter a alta de preços próxima dos 4,5% estabelecidos pelo governo.
O Boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central que acompanha as expectativas de mercado, prevê que o IPCA fique em 4,5% no fim de 2008. Há quatro semanas, a estimativa era de 4,30%. O boletim identifica a expectativa de 4,45% para a inflação de 2009.
A consultoria Tendências afirma que o ciclo de aumento dos juros deve ser curto porque a maturação dos investimentos correntes será suficiente para que a taxa de inflação e as expectativas continuem alinhadas com as metas do governo.
Além disso, a consultoria assinala que não devem ser subestimados os ganhos de produtividade que vêm sendo incorporados e que mudaram a estrutura produtiva brasileira.
"O país, atualmente, vive um ciclo de mais de 20 meses de expansão dos investimentos, o que necessariamente se reverterá em expansão do PIB potencial e, portanto, na capacidade de o país crescer a taxas maiores sem pressões inflacionárias significativas", diz a Tendências.
A consultoria Tendências afirma que, mesmo com a alta da taxa de juros ao longo deste ano, o cenário é positivo para a inflação, o que significa que o processo de convergência para taxas de inflação -e juros reais- menores deverá se manter no longo prazo.

DISTRIBUIÇÃO

A Teeleap, distribuidora de itens de informática, celular, áudio e vídeo para o mercado corporativo e para o varejo, inaugura um centro de distribuição em Brasília, para atender mercados do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste. O novo centro da empresa terá capacidade de distribuição de 190 mil unidades por mês. A Teeleap espera fechar o ano com faturamento de aproximadamente R$ 380 milhões, contra R$ 230 milhões no ano passado.

EXPEDIÇÕES
Quinze funcionários da Alcoa em todo o mundo participarão de pesquisas de campo, em parceria com o Instituto Earthwatch. Os focos são mudanças climáticas e sustentabilidade. Os brasileiros selecionados são Ronaldo Firmo, analista de sistemas, e o engenheiro mecânico Alexandre Borges. Os funcionários farão pesquisas no Equador, na República Tcheca e no Quênia, entre outros países.

TANGO
A Stella Barros registrou aumento de 20% na vendas de pacotes para Buenos Aires no feriado de Tiradentes.

BOTECO
O concurso Boteco Bohemia, que elege a melhor comida de boteco da cidade, começa a ser feito em Brasília e Porto Alegre. Já houve quatro edições em São Paulo e duas em Curitiba.

SUSHI
O Banco do Brasil vai ampliar o atendimento no Japão e oferecer uma rede com mais de 44 mil terminais para que imigrantes brasileiros possam enviar suas economias em ienes para o país. De acordo com a última pesquisa realizada pela instituição, os brasileiros que estão no Japão remetem em média 48% da renda ao Brasil.

FUTURO:

55% DAS EMPRESAS FAMILIARES NÃO PLANEJAM SUCESSÃO, DIZ ESTUDO
Pesquisadores da ESPM mergulharam em cem empresas familiares em 2007 e fizeram um estudo que será apresentado na quarta, no 2º Fórum de Empresas Familiares, em São Paulo. Apesar de responder por 70% do PIB da América Latina e 80% do setor produtivo brasileiro, as companhias sofrem com falta de profissionalização. Só 19% se preocupam em formar a nova geração e 55% não planejam a sucessão.

LOGÍSTICA
A FGV realiza o "Fórum Parcerias Internacionais em Logística", nos dias 16 e 17, em São Paulo. Segundo a fundação, diversos Estados brasileiros têm feito parcerias com empresas estrangeiras para desenvolver plataformas logísticas, seguindo tendência mundial.

EVENTO
O Ministério do Turismo divulga hoje resultados da "Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais no Brasil". Os dados parciais mostram impacto direto de US$ 8,5 milhões, entre setembro de 2007 e janeiro deste ano, por conta de tais eventos.

PARTIDA
Mauricio Girardello, da PricewaterhouseCoopers, que começou a movimentar executivos para a Copa de 2014; será criado um centro que já tem apoio de profissionais de EUA, China, África do Sul e outros países, com experiência em trabalhos ligados a esportes; entidades como Abdib e Sinaenco estão em diálogo com a Price para a atuação em projetos de infra-estrutura e megaprojetos industriais; "O Brasil já está atrasado para a Copa. Principalmente por parte dos governos, o trabalho ainda está muito embrionário"

Próximo Texto: Economia esfriou no 1º tri, diz consultoria
Índice