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Escalada de gastos com pessoal é impulsionada pelo Executivo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Embora os Poderes Legislativo e Judiciário ainda respondam pelos maiores salários do
serviço público, o Executivo é o
principal responsável pela escalada dos gastos com pessoal
iniciada no final do primeiro
mandato de Lula.
Na Câmara, no Senado e no
Tribunal de Contas da União, o
gasto médio por funcionário
em atividade chega a R$ 11 mil;
nos tribunais, são R$ 12,6 mil.
Na comparação, os servidores
dos ministérios, das autarquias
e fundações parecem primos
pobres, com média de R$ 5.406.
Pertencem ao Executivo, no
entanto, 93% dos ativos, inativos e pensionistas cujos salários e benefícios são contabilizados nas despesas com pessoal da União. Não por acaso, os
reajustes mais generosos sempre são autorizados nos outros
Poderes, enquanto as categorias mais numerosas, como os
professores e funcionários técnicos das universidades, têm
seus pleitos avaliados com rigor muito maior.
Lula herdou do tucano Fernando Henrique Cardoso um
quadro de 1,8 milhão de servidores, resultado de um processo lento de enxugamento da
máquina iniciado no início da
década de 90 -como o funcionalismo tem estabilidade no
emprego, o número só cai
quando a quantidade dos que
ingressam por concurso é inferior à dos que morrem ou deixam o serviço público.
A administração petista, que
tem nos sindicatos de servidores uma de suas principais bases políticas, reverteu a trajetória de redução do quadro, hoje
de 2,1 milhões de ativos, inativos e pensionistas. Mas foi a rodada geral de reajustes e novos
planos de carreira, no ano eleitoral de 2006, que fez os gastos
com pessoal passarem a crescer
acima da economia do país. Até
2005, quando a prioridade da
área econômica era tranqüilizar os mercados e aprofundar o
ajuste fiscal, os aumentos foram concedidos a conta-gotas,
com índices modestos.
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