São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2008

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Auditor em greve diz que mesmo com aumento vai se sentir injustiçado

JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Nelson Pessuto, 61 anos, auditor fiscal da Receita Federal, ganha R$ 18 mil por mês. O salário inclui o teto da categoria, de R$ 13,4 mil mensais, mais os benefícios adquiridos em 24 anos de carreira. Na manhã de quarta, Pessuto estava na porta do Ministério da Fazenda, edifício onde trabalha.
Se o pedido do Unafisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) for aceito pelo governo, Pessuto passará a ganhar R$ 19 mil por mês, aumento que pode ser concedido até 2010, caso o acordo com o Ministério do Planejamento seja fechado.
Os auditores reivindicam equiparação com o maior salário do Poder Executivo, que é o dos delegados da PF.
Mesmo que o acordo com o governo seja fechado, Pessuto ainda se sentirá injustiçado. Ele explica que, pela negociação, o novo salário de R$ 19 mil vai derrubar todos os benefícios adquiridos em 24 anos, que não mais se somarão ao soldo. "O novo subsídio elimina os ganhos extras, as vantagens adquiridas de funções incorporadas."
Pessuto recebe por mês um salário maior que o do presidente da República, de R$ 11.420,21. E maior que o do ministro da Fazenda, de R$ 10.748,43. Os auditores fiscais são 12 mil atualmente. O piso da categoria é de R$ 10 mil, e o teto, de R$ 13,4 mil. A proposta do sindicato é elevar o piso para R$ 14 mil, e o teto, para R$ 19 mil.


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