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Copom e inflação nos EUA agitam semana
Investidor também aguarda resultados corporativos
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana promete ser agitada no mercado financeiro. Não
faltarão dados e eventos econômicos para investidores e analistas avaliarem, tanto aqui como no exterior.
A quarta-feira tende a ser o
dia mais agitado. As opiniões
divididas em relação ao futuro
da taxa básica da economia brasileira, a Selic, tem feito desta
reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária, formado
por diretores e o presidente do
Banco Central) um evento bastante aguardado.
O Copom se reúne amanhã e
quarta-feira para definir como
fica a taxa Selic, que está em
11,25%. Uma parcela maior do
mercado conta com elevação
de 0,25 ponto percentual na Selic. Mas há outros que esperam
que os juros subam 0,50 ponto,
além dos que falam em manutenção da taxa.
Na semana passada, a divulgação do resultado do IPCA (índice de inflação utilizado para
monitorar a meta do governo)
de março, que ficou em 0,48%,
acima das expectativas, elevou
as apostas em uma alta da taxa
Selic.
O desempenho da inflação
será o tema de maior apelo nos
Estados Unidos na semana.
Amanhã, sairá o PPI (índice de
preços ao produtor americano)
de março. Na quarta, é a vez de
ser conhecido o CPI (índice de
preços ao consumidor norte-americano).
O mercado também vai se deparar com a divulgação do livro
bege -compilação de dados
econômicos feita pelo banco
central dos EUA. O documento,
que traz uma ampla leitura da
situação econômica do país,
tem grande relevância para os
analistas, especialmente neste
momento de muitas dúvidas
que rondam a economia dos
Estados Unidos.
"Para a semana, novos indicadores de atividade e inflação
vão ser divulgados nos EUA,
além do livro bege na quarta.
Por aqui, os mercados deverão
aguardar com atenção a divulgação da decisão do Banco Central da tão esperada taxa de juros na quarta-feira", afirma a
corretora Coinvalores.
Para completar a agenda, estão programadas as divulgações de outros dados relevantes
e aguardados, como a produção
industrial norte-americana e a
utilização da capacidade instalada, o número de solicitações
de empréstimos imobiliários e
o volume de construção de casas novas.
"A semana contará ainda
com a divulgação de balanços
corporativos nos EUA referentes ao primeiro trimestre. A
temporada de divulgação de
balanços poderá repercutir negativamente nos mercados
acionários, caso os resultados
venham abaixo do esperado pelos analistas. Destaque para os
resultados de empresas como
Intel, IBM, Xerox, JPMorgan
Chase, Merrill Lynch e Citigroup", afirma Elson Teles,
economista-chefe da corretora
Concórdia.
Para o mercado brasileiro, a
semana deve trazer muita oscilação. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), além de sofrer influência dos rumos do
mercado acionário internacional, pode reagir negativamente
se o Copom optar por elevar a
taxa Selic em 0,50 ponto, para
11,75% anuais.
A elevação dos juros aumenta a atratividade das aplicações
de renda fixa e pode fazer com
que investidores decidam por
vender ações e migrar para esses investimentos.
"A divulgação do IPCA de
março bem acima das expectativas de mercado, em um momento em que o Banco Central
vem defendendo uma posição
preventiva na condução da política monetária, torna praticamente inevitável uma alta de
juros em abril", avalia a economista-chefe do Banco Fibra,
Maristela Ansanelli.
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