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Empresa teme fiscalização e não oferece alimento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O temor da fiscalização da
vigilância sanitária foi um
obstáculo decisivo para que
os usineiros vetassem a proposta de oferecer a alimentação aos cortadores de cana-de-açúcar.
"Qualquer problema [que
houvesse] no alimento [usineiros] seríamos responsabilizados", afirma Renato Cunha, do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no
Estado de Pernambuco e representante do Fórum Nacional Sucroalcooleiro.
"De qualquer forma, existe
um compromisso de avançar
para um ambiente de alimentação no campo, com
mesas e cadeiras", completa
Cunha.
Segundo a Folha apurou,
além de criar uma estrutura
para as refeições dos cortadores, os usineiros também
estão próximos a incluir na
redação final do protocolo
uma forma de acondicionamento do alimento dos trabalhadores. Em outras palavras, manter quente a marmita e afastar a qualificação
de "bóias-frias".
Piso
Não houve acordo também na proposta dos trabalhadores de criação de um piso salarial nacional.
"A ideia era fixar um piso
nacional que pudesse elevar
a base do salário e com isso
diminuir a carga sobre o pagamento por produção. Acho
que essa é a grande derrota
que sai desse acordo", afirma
Elio Neves, presidente da Feraesp. "Ele [cortador de cana] teria um salário assegurado e, com isso, não teria de
se matar de trabalhar", afirma Antonio Lucas, da Contag.
(ES)
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