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Só incentivos fiscais podem baratear a banda larga, diz Oi
Presidente da empresa pede benefício estatal para abaixar preço da internet rápida
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Oi, Luiz
Eduardo Falco, disse que só
com incentivos fiscais será possível oferecer internet a um
preço mais baixo do que o atual,
como quer o governo.
Hoje, segundo o executivo, o
preço médio para a velocidade
de 600 kbps (kilobits por segundo) é de R$ 50. "Para cair de
R$ 50 para R$ 35, tem os incentivos", disse.
Questionado sobre se a proposta da empresa para o governo envolveria um programa parecido com o "Luz para Todos"
(universalização do acesso a
energia elétrica), Falco disse
que sim. "É muito parecido. O
governo tem mecanismos, testados e implantados. Uma das
alavancas é desoneração de impostos", afirmou.
No "Luz para Todos", há um
encargo embutido na tarifa paga por todos os consumidores
para financiar a ligação nos locais onde não há luz elétrica.
Falco disse que a participação ou não da Telebrás é ""irrelevante". Segundo ele, Oi, Embratel, Intelig e Eletronet (rede
estatal) têm condições de atender, sozinhas, ao mercado, mas
que uma combinação de infraestruturas seria melhor.
"Se puder fazer fazer uma
combinação desses "backbones"
[rede de fibras ópticas, que faz a
oferta de transporte de dados
no atacado] para baratear, é desejável. Se usar a rede pública
de graça, fica mais barato. Se
usar a rede pública a preço de
mercado, não fica."
(HUMBERTO MEDINA)
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