São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2010

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PREVIDÊNCIA

Governo endurece negociação sobre reajuste de aposentados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As divergências entre a Câmara e o Senado levaram o governo a endurecer ontem a negociação sobre o reajuste das aposentadorias acima do salário mínimo. Os ministros Carlos Eduardo Gabas (Previdência) e Paulo Bernardo (Planejamento) afirmaram que o compromisso do governo se limita ao índice de reajuste já concedido: 6,14%.
Depois de acertar aumento de 7% com líderes da bancada governista na Câmara, o Executivo foi surpreendido pelos partidos aliados no Senado, que defendem aumento de 7,71%. A aplicação de qualquer um dos percentuais seria retroativa a janeiro.
Para pressionar os dissidentes, o governo adotou o discurso de que não se compromete com reajuste maior que o já previsto na medida provisória em discussão no Legislativo. Gabas declarou que o Executivo já fez sua parte e que não há endosso sequer ao aumento de 7%.
Segundo Bernardo, não há mudança. "Nossa posição é [pelo reajuste de] 6,14%. Mas não tenho condição de obrigar nenhum líder a fazer o que a gente acordou com as centrais. Acho que o presidente vai vetar, mas não posso dizer pelo presidente. Demos reajuste acima da inflação e não achamos razoável, simplesmente porque tem eleição, todo mundo querer fazer grandes bondades."
No entanto, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) rejeitou apenas aumento acima de 7% para os aposentados. "Não nos responsabilizamos com nenhuma outra proposta [mais que 7%], além daquilo que o governo suporta."
Os deputados da base disseram que querem votar o reajuste maior proposto pelos senadores.


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