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PREVIDÊNCIA
Governo endurece negociação sobre reajuste de aposentados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As divergências entre a Câmara e o Senado levaram o
governo a endurecer ontem a
negociação sobre o reajuste
das aposentadorias acima do
salário mínimo. Os ministros
Carlos Eduardo Gabas (Previdência) e Paulo Bernardo
(Planejamento) afirmaram
que o compromisso do governo se limita ao índice de
reajuste já concedido: 6,14%.
Depois de acertar aumento de 7% com líderes da bancada governista na Câmara, o
Executivo foi surpreendido
pelos partidos aliados no Senado, que defendem aumento de 7,71%. A aplicação de
qualquer um dos percentuais
seria retroativa a janeiro.
Para pressionar os dissidentes, o governo adotou o
discurso de que não se compromete com reajuste maior
que o já previsto na medida
provisória em discussão no
Legislativo. Gabas declarou
que o Executivo já fez sua
parte e que não há endosso
sequer ao aumento de 7%.
Segundo Bernardo, não há
mudança. "Nossa posição é
[pelo reajuste de] 6,14%. Mas
não tenho condição de obrigar nenhum líder a fazer o
que a gente acordou com as
centrais. Acho que o presidente vai vetar, mas não posso dizer pelo presidente. Demos reajuste acima da inflação e não achamos razoável,
simplesmente porque tem
eleição, todo mundo querer
fazer grandes bondades."
No entanto, o ministro
Alexandre Padilha (Relações
Institucionais) rejeitou apenas aumento acima de 7%
para os aposentados. "Não
nos responsabilizamos com
nenhuma outra proposta
[mais que 7%], além daquilo
que o governo suporta."
Os deputados da base disseram que querem votar o
reajuste maior proposto pelos senadores.
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