São Paulo, terça-feira, 14 de maio de 2002

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Petróleo atinge maior preço em 8 meses em NY

DA REDAÇÃO

O barril do petróleo atingiu ontem o maior preço dos últimos oito meses na Bolsa Mercantil de Nova York. O impasse no Oriente Médio e a perspectiva de aumento na demanda seriam as explicações para a alta. Um incêndio em um complexo petroquímico no Texas também teve um impacto, mas momentâneo e limitado.
Com alta de 1,72%, o barril foi a US$ 28,38 em Nova York, o maior valor desde 17 de setembro, quando os preços ainda estavam pressionados pelos ataques terroristas. Na Bolsa Internacional do Petróleo, em Londres, o barril encerrou o dia cotado a US$ 26,58, com ganho de 0,49%. As cotações estão cerca de 30% acima das registradas no início do ano.
No final de semana, autoridades da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) deram sinais de que não elevarão a produção no próximo encontro da entidade, marcado para o próximo mês. Com a recuperação econômica mundial, os preços podem ser pressionados ainda mais.
De acordo com um relatório divulgado ontem pela IEA (International Energy Agency), a demanda dos países industrializados caiu, no primeiro trimestre, ao menor nível em 12 anos. A partir de agora, a tendência seria haver um aumento no consumo.
Segundo a agência, se ocorrer um crescimento repentino na demanda e a produção da Opep continuar baixa, pode ocorrer uma disparada nos preços do barril, como em 1999, logo após a crise cambial dos países asiáticos. Pelas estatísticas da IEA, em abril a produção dos países-membros do cartel petrolífero foi a menor registrada desde 1993.



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