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MERCADO FINANCEIRO
Alta menor de preços aumenta expectativa de corte nos juros, o que fortalece mercado acionário
Inflação baixa anima investidor e Bolsa sobe
DA REPORTAGEM LOCAL
A desaceleração da inflação animou os investidores do mercado
acionário e fez a Bolsa de Valores
de São Paulo fechar em alta pelo
terceiro dia consecutivo. O Ibovespa, índice que mede a variação
dos papéis mais negociados na
Bolsa, encerrou o pregão com alta
de 0,75%, aos 13.420 pontos. No
ano, a alta é de 19%.
A divulgação de que a inflação
no município de São Paulo medida pelo IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) da Fipe ficou em
0,4% nos últimos 30 dias terminados em 7 de maio aumentou a expectativa de que os juros cairão
em breve.
Segundo analistas, os investidores acreditam que a Selic (taxa básica de juros) possa ser reduzida
já na próxima reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária do
Banco Central), que será realizada
na próxima semana.
Para eles, essa seria uma das
medidas que fariam o preço das
ações da Bovespa se recuperar definitivamente. Além disso, juros
menores trariam um volume
maior de recursos para o mercado de capitais, o que em geral significa um aumento no preço dos
papéis.
Ontem, dos dez papéis mais negociados, apenas as ações preferenciais do Bradesco fecharam
em baixa, de 0,83%.
A maior alta do dia voltou ser o
papel ordinário da Embraer, que
se valorizou em 4,2%. Um acordo
feito anteontem entre a empresa e
a sua principal concorrente, a canadense Bombardier, deu à instituição brasileira o maior contrato
firmado no setor de aviação regional nos últimos tempos.
O resultado positivo divulgado
pela Tele Centro Oeste fez as
ações preferenciais da empresa
subirem 4,1%, a segunda maior
alta do dia.
Juros
A queda da inflação fez as taxas
de juros dos contratos DI (que
consideram os juros entre os bancos) fecharem em baixa.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos mais
negociados e que mais apresentaram oscilação em relação ao fechamento do dia anterior foram
os de prazo mais longo.
Os títulos com vencimento em
junho caíram de 26,16% ao ano
para 26,10%, queda de 0,23%. Já
os com vencimento em janeiro, os
mais negociados, fecharam em
queda de 1,30% e passaram de
23,88% ao ano para 23,57%.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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