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São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Alta menor de preços aumenta expectativa de corte nos juros, o que fortalece mercado acionário

Inflação baixa anima investidor e Bolsa sobe

DA REPORTAGEM LOCAL

A desaceleração da inflação animou os investidores do mercado acionário e fez a Bolsa de Valores de São Paulo fechar em alta pelo terceiro dia consecutivo. O Ibovespa, índice que mede a variação dos papéis mais negociados na Bolsa, encerrou o pregão com alta de 0,75%, aos 13.420 pontos. No ano, a alta é de 19%.
A divulgação de que a inflação no município de São Paulo medida pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe ficou em 0,4% nos últimos 30 dias terminados em 7 de maio aumentou a expectativa de que os juros cairão em breve.
Segundo analistas, os investidores acreditam que a Selic (taxa básica de juros) possa ser reduzida já na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que será realizada na próxima semana.
Para eles, essa seria uma das medidas que fariam o preço das ações da Bovespa se recuperar definitivamente. Além disso, juros menores trariam um volume maior de recursos para o mercado de capitais, o que em geral significa um aumento no preço dos papéis.
Ontem, dos dez papéis mais negociados, apenas as ações preferenciais do Bradesco fecharam em baixa, de 0,83%.
A maior alta do dia voltou ser o papel ordinário da Embraer, que se valorizou em 4,2%. Um acordo feito anteontem entre a empresa e a sua principal concorrente, a canadense Bombardier, deu à instituição brasileira o maior contrato firmado no setor de aviação regional nos últimos tempos.
O resultado positivo divulgado pela Tele Centro Oeste fez as ações preferenciais da empresa subirem 4,1%, a segunda maior alta do dia.

Juros
A queda da inflação fez as taxas de juros dos contratos DI (que consideram os juros entre os bancos) fecharem em baixa.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos mais negociados e que mais apresentaram oscilação em relação ao fechamento do dia anterior foram os de prazo mais longo.
Os títulos com vencimento em junho caíram de 26,16% ao ano para 26,10%, queda de 0,23%. Já os com vencimento em janeiro, os mais negociados, fecharam em queda de 1,30% e passaram de 23,88% ao ano para 23,57%.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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