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Ganho do BB sobe 37,2% e vai a R$ 479 milhões
SANDRA MANFRINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco do Brasil lucrou, no
primeiro trimestre deste ano, R$
479 milhões, resultado 37,2%
maior que o obtido no mesmo período de 2002 (R$ 349 milhões).
Esse desempenho foi ajudado pelo aumento das receitas com intermediação financeira (+49,2%)
e das receitas de prestação de serviço, que ficaram 18,4% maiores.
Para o presidente do BB, Cássio
Casseb Lima, o lucro foi "muito
satisfatório e reflete o compromisso da instituição de compatibilizar o papel de banco de desenvolvimento e comercial".
Casseb afirmou que o resultado
é sustentável porque o BB tem aumentado o volume de crédito
concedido, para atender a orientação do governo, mas, ao mesmo
tempo, tem conseguido ganhar
mais competitividade.
Apesar do resultado positivo, o
lucro do BB ficou abaixo do obtido pelos grandes bancos privados
do país no mesmo período.
O vice-presidente de Finanças,
Mercado de Capitais e Relações
com Investidores, Luiz Eduardo
Franco de Abreu, disse que não é
o objetivo do BB elevar os lucros
com operações de maior risco.
Para ele, a rentabilidade obtida
pelo banco está adequada. O Conselho de Administração do BB estabeleceu como meta, para 2003,
um retorno mínimo sobre o patrimônio líquido de 17% -no primeiro trimestre, foi de 21,3%.
O lucro do BB teria sido maior
não fosse o aumento de 103,9% no
total de Imposto de Renda e CSLL
(Contribuição Social sobre Lucro
Líquido) pagos no período. O lucro antes desses impostos foi de
R$ 1,185 bilhão. Esse aumento foi,
em parte, resultado da queda do
dólar. Como o banco tem operações de hedge (proteção), quando
a taxa cai, o BB obtém um lucro
maior, o que eleva a tributação.
Operações de crédito
Em linha com a orientação do
governo Lula, o saldo das operações de crédito do BB registrou
um aumento de 24,8% em relação
ao final de março de 2002 e atingiu R$ 53,475 bilhões. A carteira
de crédito para os agronegócios
representa 32,7% desse total.
O BB tem ainda procurado ampliar o volume de operações realizadas com micro, pequenas e médias empresas. Ao final do primeiro trimestre, a linha BB Giro
Rápido, que é um mecanismo de
financiamento desse segmento,
cresceu 24% na comparação com
o mesmo período de 2002.
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