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São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 2003

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Ganho do BB sobe 37,2% e vai a R$ 479 milhões

SANDRA MANFRINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco do Brasil lucrou, no primeiro trimestre deste ano, R$ 479 milhões, resultado 37,2% maior que o obtido no mesmo período de 2002 (R$ 349 milhões). Esse desempenho foi ajudado pelo aumento das receitas com intermediação financeira (+49,2%) e das receitas de prestação de serviço, que ficaram 18,4% maiores.
Para o presidente do BB, Cássio Casseb Lima, o lucro foi "muito satisfatório e reflete o compromisso da instituição de compatibilizar o papel de banco de desenvolvimento e comercial".
Casseb afirmou que o resultado é sustentável porque o BB tem aumentado o volume de crédito concedido, para atender a orientação do governo, mas, ao mesmo tempo, tem conseguido ganhar mais competitividade.
Apesar do resultado positivo, o lucro do BB ficou abaixo do obtido pelos grandes bancos privados do país no mesmo período.
O vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores, Luiz Eduardo Franco de Abreu, disse que não é o objetivo do BB elevar os lucros com operações de maior risco.
Para ele, a rentabilidade obtida pelo banco está adequada. O Conselho de Administração do BB estabeleceu como meta, para 2003, um retorno mínimo sobre o patrimônio líquido de 17% -no primeiro trimestre, foi de 21,3%.
O lucro do BB teria sido maior não fosse o aumento de 103,9% no total de Imposto de Renda e CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) pagos no período. O lucro antes desses impostos foi de R$ 1,185 bilhão. Esse aumento foi, em parte, resultado da queda do dólar. Como o banco tem operações de hedge (proteção), quando a taxa cai, o BB obtém um lucro maior, o que eleva a tributação.

Operações de crédito
Em linha com a orientação do governo Lula, o saldo das operações de crédito do BB registrou um aumento de 24,8% em relação ao final de março de 2002 e atingiu R$ 53,475 bilhões. A carteira de crédito para os agronegócios representa 32,7% desse total.
O BB tem ainda procurado ampliar o volume de operações realizadas com micro, pequenas e médias empresas. Ao final do primeiro trimestre, a linha BB Giro Rápido, que é um mecanismo de financiamento desse segmento, cresceu 24% na comparação com o mesmo período de 2002.


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