São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2007

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Cartel tinha anuidade e atuação global

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um cartel global, com a divisão de continentes entre empresas, prejudicando centenas de milhões de consumidores. Foi com esta conclusão que a Comissão Européia aplicou em janeiro sua segunda maior multa para caso de cartel: 750,7 milhões, ou cerca de R$ 2,1 bilhões.
Lá, como aqui, o processo começou com a delação da ABB. Se não tivesse colaborado, teria multa de R$ 215,2 milhões.
Na investigação européia, Siemens, Areva e Alstom tiveram suas multas elevadas em 50%, por terem coordenado a ação. A Siemens atuou como "secretária" da organização de 1988 a 1999. A Areva, de 1999 a 2004.
A Siemens chegou a cobrar anuidade dos demais membros. O dinheiro era usado para custear reuniões, documentos, pesquisas etc. Com o acréscimo de 50%, a empresa alemã carrega o recorde de maior multa individual da Comissão Européia: 396,6 milhões.
As autoridades européias apreenderam 25 mil páginas de documentos das empresas e utilizaram o material para embasar o processo administrativo. No Brasil, a legalidade das buscas está sob análise da Justiça Federal.


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