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Exportação em queda deixa setor de bens de capital cético com política industrial
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com o ritmo de crescimento
das exportações mais lento, o
setor de bens de capital, em tese um dos maiores beneficiários da nova política industrial,
vê com certo ceticismo o plano
do governo.
O conjunto de medidas para
estimular as exportações, colocado como um dos pontos centrais do plano, terá efeito reduzido diante do cenário de apreciação cambial, avalia o presidente da Abimaq (Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Luiz
Aubert Neto. "O câmbio nesse
patamar tira possibilidades de
exportações. Não há política industrial que resolva".
No primeiro trimestre deste
ano, o setor exportou US$ 2,6
bilhões, um incremento de
5,1% sobre o mesmo período do
ano passado. Em 2007, as exportações aumentaram 28,8%
na mesma comparação, segundo dados divulgados ontem pela Abimaq. De outro lado, as importações atingiram US$ 4,6
bilhões nos três primeiros meses, um aumento de 44,6% em
relação ao mesmo período do
ano passado. Em 2007, o incremento foi de 25,2% na mesma
comparação.
Com os resultados, o déficit
na balança comercial do setor
atingiu US$ 2 bilhões.
"Algum benefício, [a política
industrial] traz. Mas não acho
que o impacto será tão forte para nós", disse o diretor de comercialização de máquinas-ferramentas das Indústrias Romi, Hermes Lago. Ele cita o aumento no prazo de financiamento do Finame, linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para máquinas e equipamentos, como um
dos pontos que mais poderiam
ajudar o setor. "Mas ainda precisamos saber como isso será
instrumentalizado pelas instituições financeiras", ressalta.
(PAULO DE ARAUJO)
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