São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 2008

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Internet é usada por só 1% dos clientes de celular

Tirar fotos, jogar, ouvir rádio e mp3 são as preferências

TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO

Navegar na internet pelo celular ainda é uma das ferramentas menos usadas pelos clientes de telefonia móvel no Brasil -só 1% dos clientes das operadoras, aponta pesquisa da Nielsen.
Tirar fotos (32%), brincar em jogos já instalados (17%), ouvir rádio (17%) e mp3 (14%) são as ferramentas preferidas. Para Roberto Vásquez, diretor de pesquisa em telecomunicações para a América Latina da Nielsen, um dos motivos para o pouco uso da internet pode ser a baixa velocidade da conexão. Mas a implementação dos serviços de terceira geração (3G) deve mudar essa realidade.
No último dia 29, as operadoras e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) assinaram o termo de autorização que permite a operação na freqüência de 2.100 MHz.
Vásquez ressalta que os preços que serão pagos pelos serviços em 3G vão determinar a velocidade da penetração da tecnologia no mercado brasileiro. Na Europa, onde a terceira geração foi lançada no início da década, ele cita que 26% dos alemães, 19% dos italianos e 15% dos britânicos nem sabem o que é 3G, mas ser uma tecnologia bem sucedida, diz, não significa necessariamente ser uma tecnologia de massa.
O levantamento, que foi divulgado ontem no 7º Tela Viva Móvel, questionou também o que os usuários desejam ter no próximo celular. Câmera (78%), mp3 player (66%) e rádio (59%) foram as ferramentas mais citadas. A TV integrada ao aparelho, que passou a ser possível com a TV digital aberta, foi citada por 31% dos entrevistados. Já a internet apareceu em 28% das respostas -atrás de atributos comuns como mensagens de texto (34%).
Segundo os últimos dados da Anatel, o Brasil tinha em março 126 milhões de celulares, dos quais 81% eram pré-pagos. De acordo com a pesquisa da Nielsen, houve um crescimento de 462% no número de aparelhos com mp3 player vendidos em 2007, em relação ao ano anterior, seguido de rádio (283%) e acesso à internet (138%).
Além da velocidade de conexão, Eduardo Tude, da consultoria Teleco, especializada em telecomunicações, aponta o preço do aparelho como um dos empecilhos à popularização da navegação pelo celular. Sobre o serviço, avalia que o valor cobrado não é caro se o consumidor optar por contratar um pacote de dados, e não pagar pelo uso avulso.
Estudo da IDC (International Data Corporation) estima que havia 602 mil assinantes de banda larga por meio de telefonia móvel no país em dezembro passado, 124% a mais do que no trimestre anterior.


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