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Internet é usada por só 1% dos clientes de celular
Tirar fotos, jogar, ouvir rádio e mp3 são as preferências
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
Navegar na internet pelo celular ainda é uma das ferramentas menos usadas pelos
clientes de telefonia móvel no
Brasil -só 1% dos clientes das
operadoras, aponta pesquisa da
Nielsen.
Tirar fotos (32%), brincar em
jogos já instalados (17%), ouvir
rádio (17%) e mp3 (14%) são as
ferramentas preferidas. Para
Roberto Vásquez, diretor de
pesquisa em telecomunicações
para a América Latina da Nielsen, um dos motivos para o
pouco uso da internet pode ser
a baixa velocidade da conexão.
Mas a implementação dos serviços de terceira geração (3G)
deve mudar essa realidade.
No último dia 29, as operadoras e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) assinaram o termo de autorização
que permite a operação na freqüência de 2.100 MHz.
Vásquez ressalta que os preços que serão pagos pelos serviços em 3G vão determinar a velocidade da penetração da tecnologia no mercado brasileiro.
Na Europa, onde a terceira geração foi lançada no início da
década, ele cita que 26% dos
alemães, 19% dos italianos e
15% dos britânicos nem sabem
o que é 3G, mas ser uma tecnologia bem sucedida, diz, não
significa necessariamente ser
uma tecnologia de massa.
O levantamento, que foi divulgado ontem no 7º Tela Viva
Móvel, questionou também o
que os usuários desejam ter no
próximo celular. Câmera
(78%), mp3 player (66%) e rádio (59%) foram as ferramentas mais citadas. A TV integrada ao aparelho, que passou a ser
possível com a TV digital aberta, foi citada por 31% dos entrevistados. Já a internet apareceu
em 28% das respostas -atrás
de atributos comuns como
mensagens de texto (34%).
Segundo os últimos dados da
Anatel, o Brasil tinha em março
126 milhões de celulares, dos
quais 81% eram pré-pagos. De
acordo com a pesquisa da Nielsen, houve um crescimento de
462% no número de aparelhos
com mp3 player vendidos em
2007, em relação ao ano anterior, seguido de rádio (283%) e
acesso à internet (138%).
Além da velocidade de conexão, Eduardo Tude, da consultoria Teleco, especializada em
telecomunicações, aponta o
preço do aparelho como um
dos empecilhos à popularização da navegação pelo celular.
Sobre o serviço, avalia que o valor cobrado não é caro se o consumidor optar por contratar
um pacote de dados, e não pagar pelo uso avulso.
Estudo da IDC (International Data Corporation) estima
que havia 602 mil assinantes de
banda larga por meio de telefonia móvel no país em dezembro
passado, 124% a mais do que no
trimestre anterior.
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