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Governo espera que 5º conselheiro derrube proposta de dividir teles
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo espera que a nomeação do quinto conselheiro
da Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações), que deve
ser a assessora da presidência
do Senado Emília Ribeiro, derrube a proposta de divisão das
companhias telefônicas em
duas (fixa e banda larga).
O princípio de divisão das telefônicas foi incluído na proposta de mudança do PGO (Plano Geral de Outorgas) aprovada anteontem pelos atuais quatro conselheiros da agência e
que será colocada para consulta
pública por 30 dias.
A inclusão dessa regra foi exigência dos conselheiros Pedro
Jaime Ziller e Plínio de Aguiar
Júnior, ex-sindicalistas, que
avaliam a divisão como forma
de evitar corte de empregos.
Eles aceitaram, porém, que
fossem incluídos dois parágrafos que mantêm o tema em discussão e, com isso, toparam votar a proposta de mudança no
PGO que dá início ao processo
que permitirá a fusão BrT-Oi.
O primeiro diz que em 180
dias a Anatel deverá publicar
regulamentação específica sobre como seria feita essa divisão das empresas. O segundo
diz que a medida será precedida de estudos sobre sua viabilidade do ponto de vista concorrencial, social e econômico.
Nessa fase de discussão, o governo espera que a Anatel exclua da proposta final de mudança no PGO a divisão das empresas de telecomunicações em
duas. Para isso, acredita ser
fundamental a presença do
quinto conselheiro.
Na próxima semana, o ministro Hélio Costa (Comunicações) vai definir com o presidente Lula o nome a ser submetido ao Senado. Emília Ribeiro
é a mais cotada e deve ser a escolhida com o apoio do PMDB e
até de setores da oposição.
Disputam também a indicação Jarbas Valente, superintendente da Anatel e preferido
do presidente da agência, Ronaldo Sardenberg; e Márcio
Wohlers, professor da Unicamp, ligado ao presidente do
BNDES, Luciano Coutinho.
Não está descartado, também, que o presidente adote a
manobra regimental de indicar
um conselheiro substituto, que
ocuparia o posto até que o nome definitivo fosse aprovado
pelo Senado. Ela seria colocada
em prática caso se torne inviável aprovar antes do recesso
parlamentar a indicação do
quinto conselheiro.
(VALDO CRUZ)
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