São Paulo, quarta-feira, 14 de julho de 2004

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ÓLEO

Cotação do petróleo no exterior poderá causar nova alta

Petrobras diz que pode aumentar novamente preço de combustíveis

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A julgar pela escalada dos preços do petróleo nos últimos dias, um novo reajuste dos combustíveis não está descartado. O diretor financeiro da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ontem que, se o preço do petróleo mostrar que alcançou "um novo patamar", a estatal aumentará novamente os derivados. Nesta semana, o petróleo voltou a alcançar US$ 40 o barril. Ontem fechou a US$ 39,44 em Nova York.
Mas Gabrielli afirmou que o objetivo da empresa continua sendo alinhar seus preços aos do mercado internacional "no longo prazo", sem repasses imediatos. Segundo Gabrielli, o que impede um alinhamento mais freqüente é a queda do consumo de combustíveis sempre que os preços sobem, e não uma suposta pressão do governo para conter a inflação.
"Quem define os preços são os diretores da Petrobras, mas é evidente que todas as nossas decisões consideram análises macroeconômicas", afirmou.
Depois de um ano e meio sem aumentos, os preços do diesel e da gasolina subiram 10,8% e 10,6%, respectivamente, nas refinarias da Petrobras no dia 14 de junho.
Ao analisar o cenário internacional, Gabrielli disse que "existem pressões grandes que mantêm os preços internacionais em patamares mais altos, mas não necessariamente apontam para a aceleração dos preços".
Ele disse que, até 2010, a Petrobras prevê investir R$ 53,6 bilhões, menos do que a geração de caixa prevista no período -R$ 57,1 bilhões. Parte dos recursos será usada para abater dívidas.
Também ontem, um relatório da AIE (Agência Internacional de Energia) apontou que a demanda mundial por petróleo continuará a subir em 2005, mas em ritmo menor do que o deste ano.
O consumo de petróleo crescerá 2,2% no próximo ano, para 83,23 milhões de barris por dia, ante expansão de 3,2% neste ano.


Com agências internacionais

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