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ÓLEO
Cotação do petróleo no exterior poderá causar nova alta
Petrobras diz que pode aumentar novamente preço de combustíveis
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A julgar pela escalada dos preços do petróleo nos últimos dias,
um novo reajuste dos combustíveis não está descartado. O diretor financeiro da Petrobras, José
Sérgio Gabrielli, disse ontem que,
se o preço do petróleo mostrar
que alcançou "um novo patamar", a estatal aumentará novamente os derivados. Nesta semana, o petróleo voltou a alcançar
US$ 40 o barril. Ontem fechou a
US$ 39,44 em Nova York.
Mas Gabrielli afirmou que o objetivo da empresa continua sendo
alinhar seus preços aos do mercado internacional "no longo prazo", sem repasses imediatos. Segundo Gabrielli, o que impede
um alinhamento mais freqüente é
a queda do consumo de combustíveis sempre que os preços sobem, e não uma suposta pressão
do governo para conter a inflação.
"Quem define os preços são os
diretores da Petrobras, mas é evidente que todas as nossas decisões consideram análises macroeconômicas", afirmou.
Depois de um ano e meio sem
aumentos, os preços do diesel e da
gasolina subiram 10,8% e 10,6%,
respectivamente, nas refinarias da
Petrobras no dia 14 de junho.
Ao analisar o cenário internacional, Gabrielli disse que "existem pressões grandes que mantêm os preços internacionais em
patamares mais altos, mas não
necessariamente apontam para a
aceleração dos preços".
Ele disse que, até 2010, a Petrobras prevê investir R$ 53,6 bilhões, menos do que a geração de
caixa prevista no período -R$
57,1 bilhões. Parte dos recursos
será usada para abater dívidas.
Também ontem, um relatório
da AIE (Agência Internacional de
Energia) apontou que a demanda
mundial por petróleo continuará
a subir em 2005, mas em ritmo
menor do que o deste ano.
O consumo de petróleo crescerá
2,2% no próximo ano, para 83,23
milhões de barris por dia, ante expansão de 3,2% neste ano.
Com agências internacionais
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