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Inflação em São Paulo desacelera
depois de 11 semanas, indica a Fipe
ANA PAULA RIBEIRO
DA FOLHA ONLINE
Os aumentos menos acentuados nos preços dos combustíveis e
alimentos fizeram com que a inflação no município de São Paulo
apresentasse a primeira desaceleração após 11 semanas de altas
consecutivas. O IPC (Índice de
Preços ao Consumidor) da Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas, da USP) recuou para 0,83% na primeira quadrissemana deste mês -período de 30
dias terminado em 7 de julho. No
fechamento de junho, havia registrado 0,92%.
"Os preços estão em um processo de queda gradual, e esperamos
que na seqüência o índice deva fechar [o mês] em 0,5%", disse o
coordenador-adjunto do IPC,
Juarez Rizzieri. A previsão anterior era que a inflação em julho ficasse entre 0,6% e 0,7%. Se a expectativa se concretizar, será a
primeira redução do índice mensal desde março.
Entretanto essa desaceleração
será provisória. O IPC de agosto
deve refletir os reajustes das tarifas de energia e do telefone. Além
disso, o consumidor tem pela
frente dois reajustes extras na telefonia fixa, um em setembro e
outro em novembro.
Rizzieri espera também que os
gastos com saúde subam nos próximos meses. Em maio, a ANS
(Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizou aumento de
11,75% para os planos de saúde.
Na primeira quadrissemana de
julho, as principais pressões, assim como no mês de junho, vieram dos preços dos alimentos e de
transportes, com altas de 1,17% e
1,77%, respectivamente.
Só a gasolina, que subiu 5,74%,
contribuiu com 0,15 ponto percentual para o índice de 0,83%. A
pressão nos preços dos alimentos
veio dos produtos "in natura".
O coordenador-adjunto afirmou, no entanto, que os preços de
alimentos básicos estão caindo.
Para o ano, a Fipe mantém a previsão de que a inflação fique entre
5,5% e 6%.
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