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CAPITALISMO VERMELHO
Recursos estrangeiros somam US$ 33,9 bi em 2004
Crescem investimentos na China
CLÁUDIA TREVISAN
DE PEQUIM
As empresas estrangeiras continuam a colocar montanhas de dinheiro na China, apesar das medidas adotadas pelo governo para
segurar o ritmo de crescimento da
economia. Depois de atingir o recorde de US$ 53,5 bilhões no ano
passado, o volume de IED (Investimento Estrangeiro Direto) subiu 12% no primeiro semestre em
relação a igual período de 2003,
para US$ 33,9 bilhões.
O comércio exterior também
registrou forte crescimento em junho, apesar das restrições impostas pelo governo à concessão de
empréstimos bancários e a novos
projetos de investimentos.
As exportações cresceram
46,5% e atingiram US$ 50,5 bilhões, enquanto as importações
tiveram alta de 50,5%, para US$
48,7 bilhões. Com isso, a China teve o segundo superávit comercial
consecutivo no ano, depois de registrar um déficit inédito nos primeiros quatro meses do ano.
No fim de junho, a China havia
contabilizado um estoque de IED
já realizado de US$ 535,4 bilhões.
Se forem considerados os valores
contratados -que incluem desembolsos de recursos que serão
realizados no futuro-, o estoque
de IED no país asiático sobe para
US$ 1,016 trilhão.
No ano passado, a China ultrapassou os Estados Unidos como
principal destino de investimentos estrangeiros no mundo. Enquanto o país asiático recebeu
US$ 53,5 bilhões, 13% a mais que
no ano anterior, a maior potência
econômica do mundo ficou com
US$ 40 bilhões, uma queda de
44% em relação a 2002.
O investimento direto e o comércio exterior são os principais
motores da expansão da China.
Nos seis primeiros meses do ano,
a soma das exportações e das importações foi de US$ 523 bilhões.
O resultado das exportações e
importações em junho foi superior ao que o governo e analistas
do mercado esperavam. A expectativa era que o ritmo de crescimento se mantivesse estável ou
diminuísse, em conseqüência das
medidas adotadas pelo governo
para esfriar a economia.
Brasil
O investimento estrangeiro direto no Brasil continua anêmico.
Nos primeiros cinco meses de
2004, o país recebeu US$ 3,3 bilhões de recursos do exterior destinados à atividade produtiva.
A Companhia Vale do Rio Doce
anunciou um acordo com o Yankuang Group, um dos principais
produtores de carvão da China, e
com a Itochu Corporation, do Japão, para criar uma parceria na
produção de coque metalúrgico.
Será criada uma joint venture, a
Shandong Yankuang International Coking. O negócio havia sido
anunciado na visita do presidente
Lula à China. A planta será na
Província de Shandong, na China,
e terá capacidade anual de produção de 2 milhões de toneladas de
coque e 200 mil toneladas de metanol. O início das operações está
previsto para 2006.
Colaborou a Folha Online
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