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Chineses querem
negociar direto com sojicultor
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Líderes de uma delegação de empresários chineses confirmaram ontem, em Curitiba, a disposição dos importadores de soja em montar estruturas em portos do Brasil, entrar no comércio internacional de grãos e tomar uma fatia do mercado exportador, hoje dominado por grandes multinacionais. "Queremos negociar direto com produtores brasileiros, eliminando o exportador", disse Niu Bingyi, da Câmara de Comércio da Província de Henan -região central da China.
Segundo Bingyi, os importadores chineses "enfrentam algumas dificuldades ao comprar das multinacionais, devido aos preços agregados aos produtos por elas". Ele também disse considerar a soja brasileira melhor que a argentina e a americana.
O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, disse que a possibilidade de os empresários chineses investirem na importação direta não sinaliza um confronto com as multinacionais. "As grandes tradings dominam um mercado gigantesco, agregam valor e tecnologia aos produtos, mas o comércio mundial de soja é grande o suficiente."
A definição dos investimentos, segundo ele, se dará em alguns meses. Uma das propostas é a construção de estruturas de armazenamento e embarque de grãos no porto de Paranaguá. O financiamento de insumos e defensivos usados por agricultores brasileiros também é estudado.
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