São Paulo, quarta-feira, 14 de julho de 2004

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EUA

Funcionárias alegaram perdas em salários e promoções

Banco americano paga US$ 54 mi em caso de discriminação sexual

DA REDAÇÃO

O banco americano Morgan Stanley concordou em pagar US$ 54 milhões em um acordo para encerrar um processo no qual era acusado de discriminação sexual em sua divisão de investimentos.
O acordo abrange cerca de 340 funcionárias do banco, que alegaram ter sido discriminadas na obtenção de salários e promoções pelo fato de serem mulheres.
O acordo foi anunciado na segunda-feira minutos antes de o júri formado por oito mulheres e quatro homens começar a ouvir as testemunhas. Ele foi definido pelo juiz Richard Berman, responsável pelo caso, como um "divisor de águas na proteção e na promoção dos direitos das mulheres em Wall Street".
A vendedora de títulos Allison Schieffelin, 42, receberá a maior quantia, US$ 12 milhões. Ela e a Comissão de Igualdade de Oportunidade no Trabalho, do governo americano, foram responsáveis por levar o caso à corte.
Schieffelin, que ganhara US$ 1,35 milhão em 1998, foi demitida em 2000 depois de alegar ter sido preterida em uma promoção para diretor-gerente por ser mulher. Segundo ela, o Morgan Stanley destruiu sua carreira.
Logo após o anúncio do acordo, ela afirmou: "Tenho só um comentário, o que eu quero dizer é que estou feliz por existir um grande acordo que seja bom para todos". Schieffelin não quis responder se voltará a trabalhar no setor financeiro americano.
O juiz Berman ressaltou que ele não estava julgando o mérito do caso ao aprovar o acordo entre as partes. Nos documentos relativos ao entendimento consta que o Morgan Stanley negou ter violado qualquer lei antidiscriminatória.
O acordo alcançado pela Comissão de Igualdade de Oportunidade no Trabalho é o segundo maior em sua história, atrás somente do acertado com a Publix Super Markets em 1997, que chegou a US$ 81 milhões.


Com agências internacionais e o "New York Times"

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