São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Saldo positivo até o dia 8 é de R$ 654 mi; Bolsa de São Paulo acumula alta de quase 6% na semana

Estrangeiro volta com força à Bolsa de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A crise política não espantou o investidor brasileiro do país. Ao menos é o que demonstra o saldo dos negócios com ações realizados com capital vindo de fora. O balanço mensal, até o dia 8, mostrou que as compras bateram as vendas em R$ 654,02 milhões.
E o ritmo de entrada está acelerado: até o dia 7, esse saldo estava positivo em R$ 462,5 milhões.
Depois de três meses com os estrangeiros mais vendendo que comprando papéis, o mês de junho registrou saldo positivo de R$ 354,2 milhões.
Ontem, a Bovespa marcou sua terceira valorização seguida nesta semana. A alta de ontem ficou em 1,25%, o que ajudou a Bolsa a se aproximar novamente dos 26 mil pontos, o que não ocorre há 20 dias. O Ibovespa encerrou o dia aos 25.855 pontos. Na semana, a Bolsa já subiu quase 6%.
Ao R$ 1,67 bilhão negociado no pregão de ontem, somou-se a oferta de ações ordinárias feita pela Energias do Brasil, que estreou no Novo Mercado da Bolsa -segmento destinado a empresas com práticas diferenciadas de governança corporativa.
O papel ON da Energias do Brasil registrou alta de 11,16%.
Entre as 55 ações do Ibovespa, Tractebel ON subiu 9,39%, seguida por Siderúrgica Tubarão PN, com ganho de 8,08%.
O dólar encerrou em alta de 0,56%, negociado a R$ 2,355. Com a moeda americana interrompendo a seqüência de baixas, operadores de mesas de câmbio voltaram a cogitar a possibilidade de o Banco do Brasil ter comprado dólares em nome do Tesouro.
Esse tipo de rumor sempre surge no mercado quando os analistas não encontram explicações mais claras para justificar uma alta da moeda americana em um período tendenciosamente de baixa. E especulações desse tipo acabam por atrair outros compradores de dólares.
No mês passado, o Banco Central anunciou a elevação da projeção de quanto o Tesouro poderá contratar no mercado de câmbio em 2005 para honrar vencimentos externos, o que ajuda a alimentar especulações.
Durante as operações de ontem, o dólar também ganhou terreno diante de moedas fortes, como o euro.
O risco-país brasileiro chegou a bater nos 399 pontos ontem, patamar que não opera pelo menos desde março. No fim do dia, o risco estava a 401 pontos.


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