|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Saldo positivo até o dia 8 é de R$ 654 mi; Bolsa de São Paulo acumula alta de quase 6% na semana
Estrangeiro volta com força à Bolsa de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A crise política não espantou o
investidor brasileiro do país. Ao
menos é o que demonstra o saldo
dos negócios com ações realizados com capital vindo de fora. O
balanço mensal, até o dia 8, mostrou que as compras bateram as
vendas em R$ 654,02 milhões.
E o ritmo de entrada está acelerado: até o dia 7, esse saldo estava
positivo em R$ 462,5 milhões.
Depois de três meses com os estrangeiros mais vendendo que
comprando papéis, o mês de junho registrou saldo positivo de R$
354,2 milhões.
Ontem, a Bovespa marcou sua
terceira valorização seguida nesta
semana. A alta de ontem ficou em
1,25%, o que ajudou a Bolsa a se
aproximar novamente dos 26 mil
pontos, o que não ocorre há 20
dias. O Ibovespa encerrou o dia
aos 25.855 pontos. Na semana, a
Bolsa já subiu quase 6%.
Ao R$ 1,67 bilhão negociado no
pregão de ontem, somou-se a
oferta de ações ordinárias feita
pela Energias do Brasil, que estreou no Novo Mercado da Bolsa
-segmento destinado a empresas com práticas diferenciadas de
governança corporativa.
O papel ON da Energias do Brasil registrou alta de 11,16%.
Entre as 55 ações do Ibovespa,
Tractebel ON subiu 9,39%, seguida por Siderúrgica Tubarão PN,
com ganho de 8,08%.
O dólar encerrou em alta de
0,56%, negociado a R$ 2,355.
Com a moeda americana interrompendo a seqüência de baixas,
operadores de mesas de câmbio
voltaram a cogitar a possibilidade
de o Banco do Brasil ter comprado dólares em nome do Tesouro.
Esse tipo de rumor sempre surge no mercado quando os analistas não encontram explicações
mais claras para justificar uma alta da moeda americana em um
período tendenciosamente de
baixa. E especulações desse tipo
acabam por atrair outros compradores de dólares.
No mês passado, o Banco Central anunciou a elevação da projeção de quanto o Tesouro poderá
contratar no mercado de câmbio
em 2005 para honrar vencimentos externos, o que ajuda a alimentar especulações.
Durante as operações de ontem,
o dólar também ganhou terreno
diante de moedas fortes, como o
euro.
O risco-país brasileiro chegou a
bater nos 399 pontos ontem, patamar que não opera pelo menos
desde março. No fim do dia, o risco estava a 401 pontos.
Texto Anterior: Comércio exterior: Queda da soja afeta balança do agronegócio Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|