São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 2006

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AUTOMÓVEIS

Chefes de Renault, Nissan e GM negociam hoje aliança

DA REDAÇÃO

O principal executivo da General Motors, Rick Wagoner, e seu colega da Renault e Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, têm marcada reunião hoje, em Detroit (sede da GM nos Estados Unidos), para iniciar a discussão sobre uma aliança tríplice das montadoras. As diretorias das companhias envolvidas já autorizaram a negociação, e tanto Wagoner quanto Ghosn indicaram o desejo de que seja célere.
Em entrevista publicada ontem no jornal francês "Le Monde", Ghosn considerou a aliança com a gigante norte-americana "uma grande oportunidade". "Ou a GM encampa essa oportunidade e a estuda com seriedade ou decidimos que não vale a pena e a interrompemos."
Um dos assuntos em pauta é a aquisição de ações. A Renault possui 44% da Nissan; a japonesa possui 15% da francesa. Esse vínculo, segundo Ghosn, serve "para encorajar pessoas que competem na maioria dos mercados a começar a cooperar".
Além do conseqüente interesse no lucro alheio, a parceria de sete anos entre Renault e Nissan é considerada bem-sucedida por conta de contratos de compras conjuntas, que diminuíram custos. Esse deve ser outro item da pauta, pois a GM conduz um plano de reestruturação para cortar custos e reverter o resultado do ano passado -perda de US$ 10,6 bilhões.
Se depender do executivo-chefe da GM, a oportunidade deve ser analisada com presteza. "Queremos agir diligentemente", declarou Wagoner ontem, depois de audiência no Senado dos EUA.
Wagoner pediu ao Congresso que ajude, por meio de políticas de prevenção, a diminuir os custos de assistência médica pagos pelas empresas. Esses custos, que a maioria das concorrentes internacionais não têm, são considerados uma das causas da má situação da GM.


Com agências internacionais


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