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Carrefour cresce mais que grupo Pão de Açúcar
Rede francesa tem alta de 2,8% no segundo trimestre
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
As duas maiores redes de supermercados do país, o grupo
Pão de Açúcar e o Carrefour, faturaram pouco mais de R$ 14
bilhões de janeiro a junho (valor bruto nominal), alta de 8,8%
em relação a 2005. No segundo
trimestre, o resultado do Carrefour foi melhor do que o do
concorrente, o Pão de Açúcar.
As redes continuam a ter desempenhos ruins no critério de
vendas reais (mesmas lojas) em
relação a 2005.
De janeiro a junho, a rede administrada por Abilio Diniz e o
parceiro Casino teve receita
bruta de R$ 7,9 bilhões, contra
R$ 7,7 bilhões em igual intervalo de 2005. O Carrefour somou
2,2 bilhões -o que equivale a
R$ 6,1 bilhões, segundo a cotação da moeda européia em 30
de junho de 2006, ou R$ 1 bilhão a mais que em 2005.
Ao retirar dessa conta o impacto do câmbio para a rede
francesa, a situação é a seguinte: de janeiro a junho, o Carrefour cresceu 8,7% em vendas
brutas -informa o balanço publicado no exterior. O Pão de
Açúcar, pelo mesmo critério,
teve alta de 2,2%. Nesse cálculo
está o desempenho nominal de
todas as lojas das duas redes.
Pelos dados publicados, a
venda bruta do Pão de Açúcar
subiu 2,5% de abril a junho (para o conceito de mesmas lojas
que tinha em 2005, o que expurga o efeito inauguração e
aquisições). No mesmo período, o Carrefour cresceu 2,8%.
As empresas crescem um dígito apenas por causa da baixa
demanda no Brasil por bens
não-duráveis -fruto da tímida
expansão na renda até maio.
Boa parte dessa taxa de expansão da rede francesa veio da
venda em supermercados -que
registrou desempenho fraco
em 2005-, e não dos hipermercados da cadeia.
O Pão de Açúcar publicou dados de vendas líqüidas ontem,
mas o Carrefour, que é de capital fechado no Brasil, não informa esse número. A rede brasileira teve alta de 3,3% em sua
venda líquida (todas as lojas) no
primeiro semestre.
A dor de cabeça das varejistas
de supermercados continua
sendo a venda real em mesmas
lojas -um dado que não publicam. Esse número é relevante e
mostra que não há recuperação
no desempenho para as companhias, apurou a Folha.
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