São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 2006

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Carrefour cresce mais que grupo Pão de Açúcar

Rede francesa tem alta de 2,8% no segundo trimestre

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

As duas maiores redes de supermercados do país, o grupo Pão de Açúcar e o Carrefour, faturaram pouco mais de R$ 14 bilhões de janeiro a junho (valor bruto nominal), alta de 8,8% em relação a 2005. No segundo trimestre, o resultado do Carrefour foi melhor do que o do concorrente, o Pão de Açúcar. As redes continuam a ter desempenhos ruins no critério de vendas reais (mesmas lojas) em relação a 2005.
De janeiro a junho, a rede administrada por Abilio Diniz e o parceiro Casino teve receita bruta de R$ 7,9 bilhões, contra R$ 7,7 bilhões em igual intervalo de 2005. O Carrefour somou 2,2 bilhões -o que equivale a R$ 6,1 bilhões, segundo a cotação da moeda européia em 30 de junho de 2006, ou R$ 1 bilhão a mais que em 2005.
Ao retirar dessa conta o impacto do câmbio para a rede francesa, a situação é a seguinte: de janeiro a junho, o Carrefour cresceu 8,7% em vendas brutas -informa o balanço publicado no exterior. O Pão de Açúcar, pelo mesmo critério, teve alta de 2,2%. Nesse cálculo está o desempenho nominal de todas as lojas das duas redes.
Pelos dados publicados, a venda bruta do Pão de Açúcar subiu 2,5% de abril a junho (para o conceito de mesmas lojas que tinha em 2005, o que expurga o efeito inauguração e aquisições). No mesmo período, o Carrefour cresceu 2,8%.
As empresas crescem um dígito apenas por causa da baixa demanda no Brasil por bens não-duráveis -fruto da tímida expansão na renda até maio.
Boa parte dessa taxa de expansão da rede francesa veio da venda em supermercados -que registrou desempenho fraco em 2005-, e não dos hipermercados da cadeia.
O Pão de Açúcar publicou dados de vendas líqüidas ontem, mas o Carrefour, que é de capital fechado no Brasil, não informa esse número. A rede brasileira teve alta de 3,3% em sua venda líquida (todas as lojas) no primeiro semestre.
A dor de cabeça das varejistas de supermercados continua sendo a venda real em mesmas lojas -um dado que não publicam. Esse número é relevante e mostra que não há recuperação no desempenho para as companhias, apurou a Folha.


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