DA REPORTAGEM LOCAL

Professor da espanhola Iese Business School, de Navarra, o "neuroeconomista" Franz Heukamp afirma que o mapeamento do cérebro ajuda a entender melhor as fragilidades do consumidor e do investidor ao tomar decisões. Doutorado no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), ele afirma que a fragilidade da memória revela um erro de cálculo que mostra por que nunca estamos satisfeitos com o que conseguimos. Leia trechos da entrevista à Folha.

FOLHA - Quais os avanços da neuroeconomia?
FRANZ HEUKAMP - Os estudos ajudam a compreender se as decisões de investimento são baseadas em prazer, mesquinharia ou em ganhos pessoais.

FOLHA - Quais são as áreas do cérebro envolvidas?
HEUKAMP - Decisões envolvendo risco ativam áreas do cérebro como o córtex pré-frontal, que avalia alternativas racionais. Outra área, chamada ínsula, é associada com os sentimentos de nojo. Ela é ativada quando as pessoas consideram injustas as ofertas recebidas.

FOLHA - Prazer com lucro ativa a região que controla o prazer sexual. Isso explica a irracionalidade no mercado?
HEUKAMP - Há vários exemplos de uma mesma área ativada para diferentes atividades. Os economistas devem aprender aqui com décadas de estudos dos neurologistas.

FOLHA - Qual a aplicação dessas pesquisas no mundo real?
HEUKAMP - A neuroeconomia pode ajudar a construir melhores teorias sobre o comportamento individual dos investidores. Será uma ferramenta para entender as decisão e a escolha do consumidor.


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