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Para Fazenda, economia global demonstra sinais de melhora
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em um balanço otimista da
economia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avalia
que a economia mundial começou a melhorar. Para ele, o crédito está sendo retomado aos
pouco e a confiança voltou a se
restabelecer.
As opiniões do ministro foram ouvidas pelo presidente
Lula e por ministros que participaram ontem de reunião ministerial em Brasília.
O ministro alertou, porém,
que não será possível contar,
nos próximos anos, com as economias dos países desenvolvidos. Mantega usou a previsão
do FMI de que os países emergentes deverão crescer neste
ano 1,5%, contra recessão de
3,8% nos países ricos.
Ele também saiu em defesa
da política fiscal do governo.
Segundo a projeção mostrada
pelo ministro, o país fechará as
contas do ano com um déficit
de 1,9% do PIB. No ano passado, o rombo foi de 2%, já retirada a Petrobras da conta. Mas
em 2010 será reduzido para
0,8% do PIB, afirmou.
Neste ano, a meta de superávit primário (economia para
pagar os juros da dívida) foi reduzida de 3,8% do PIB para
2,5% do PIB para que o governo
pudesse desonerar setores.
Uma das discussões em curso
no ministério é cortar ainda
mais essa meta para desonerar
a folha de pagamentos. Cada
ponto percentual a menos pago
pelo empresários sobre a folha
de funcionários representa
uma arrecadação R$ 3,6 bilhões menor ao ano. Hoje, a tributação sobre a folha é de 20%.
Mantega refutou, contudo
que o país caminhe para um desequilíbrio fiscal e disse que o
país terá o melhor resultado fiscal entre os países do G20.
Ao final da reunião, o ministro do Planejamento, Paulo
Bernardo, confirmou que o reajuste do Bolsa Família será concedido neste semestre, em valor a ser definido.
(JULIANA ROCHA E SIMONE IGLESIAS)
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