São Paulo, terça-feira, 14 de julho de 2009

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Para Fazenda, economia global demonstra sinais de melhora

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em um balanço otimista da economia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avalia que a economia mundial começou a melhorar. Para ele, o crédito está sendo retomado aos pouco e a confiança voltou a se restabelecer.
As opiniões do ministro foram ouvidas pelo presidente Lula e por ministros que participaram ontem de reunião ministerial em Brasília.
O ministro alertou, porém, que não será possível contar, nos próximos anos, com as economias dos países desenvolvidos. Mantega usou a previsão do FMI de que os países emergentes deverão crescer neste ano 1,5%, contra recessão de 3,8% nos países ricos.
Ele também saiu em defesa da política fiscal do governo. Segundo a projeção mostrada pelo ministro, o país fechará as contas do ano com um déficit de 1,9% do PIB. No ano passado, o rombo foi de 2%, já retirada a Petrobras da conta. Mas em 2010 será reduzido para 0,8% do PIB, afirmou.
Neste ano, a meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) foi reduzida de 3,8% do PIB para 2,5% do PIB para que o governo pudesse desonerar setores.
Uma das discussões em curso no ministério é cortar ainda mais essa meta para desonerar a folha de pagamentos. Cada ponto percentual a menos pago pelo empresários sobre a folha de funcionários representa uma arrecadação R$ 3,6 bilhões menor ao ano. Hoje, a tributação sobre a folha é de 20%.
Mantega refutou, contudo que o país caminhe para um desequilíbrio fiscal e disse que o país terá o melhor resultado fiscal entre os países do G20.
Ao final da reunião, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, confirmou que o reajuste do Bolsa Família será concedido neste semestre, em valor a ser definido. (JULIANA ROCHA E SIMONE IGLESIAS)


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