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Área de ambiente avalia aumentar exigências
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES diz que a recém-criada área de meio ambiente
estuda o aumento das exigências às empresas para concessão de financiamentos e investimentos. As primeiras áreas a
serem atingidas serão as de pecuária, soja e açúcar e álcool.
O banco disse, ainda, que a
cláusula social estabelece veto
a discriminação e trabalho infantil e escravo nas empresas.
Quando -e somente se- comprovada a situação, as empresas são obrigadas a quitar previamente os financiamentos.
Na semana passada, o presidente do banco, Luciano Coutinho, havia afirmado que vêm
sendo estudadas medidas para
impedir que frigoríficos financiados contribuam com a devastação da Amazônia.
Das sete empresas financiadas pelo BNDES suspeitas de
práticas gerenciais irregulares,
cinco conseguiram interromper os processos investigativos
ou judiciais por meio de acordos com o Ministério Público.
Esses acordos, chamados de
TACs, foram assinados, no setor de cana-de-açúcar, pelas
empresas Brenco, Rio Claro
Agroindustrial, Agro Energia
Santa Luzia e Iaco.
O grupo Bertin também assinou um TAC, comprometendo-se a não comprar carne de empresas em situação irregular.
Procurado, o Bertin afirmou
que, como a lista de produtores
irregulares não era pública, não
tinha como saber da irregularidade. "Nossas práticas na garantia da origem da carne e na
rastreabilidade, criadas antes
mesmo das denúncias, são reconhecidas no mercado", disse
o diretor Fernando Falco.
O grupo JBS-Friboi negou
envolvimento nas irregularidades e disse que tem contribuído
com as investigações.
Brenco e Iaco não comentaram as suspeitas arquivadas. A
Rio Claro afirmou que a situação trabalhista já está regularizada. A Santa Luzia disse que os
problemas apontados "não
procedem". Tanto a Rio Claro
como a Santa Luzia, ambas do
grupo Odebrecht, disseram ter
assinado o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, lançado pelo governo.
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