São Paulo, sábado, 14 de agosto de 2004

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PILOTO DE PROVAS

"Comprem o carro", afirmou o presidente, ao testar veículo multicombustível em Brasília

Lula vira garoto-propaganda da GM

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou em prática ontem o que havia dito 15 dias antes a empresários, em Brasília, sobre fazer propaganda dos produtos brasileiros. Em cerimônia no Planalto para a apresentação de um automóvel multicombustível, após testar o carro, disse aos jornalistas: "Comprem o carro que vale a pena".
Tratava-se de um modelo da General Motors que roda com álcool, gasolina e gás natural. De acordo com o fabricante, é o primeiro automóvel com esse tipo de motor no mundo. O fabricante definirá no final de agosto quantas unidades serão produzidas e qual será o preço delas. O governo analisa a possibilidade de conceder incentivo fiscal para produzir esse tipo de veículo.
Há cerca de 15 dias, em encontro sobre arranjos produtivos locais, em Brasília, o presidente havia dito aos empresários presentes que poderiam usá-lo como outdoor: "Se eu puder servir de outdoor, me usem. Senão, não me deixem viajar", disse.
Após encontro com o presidente da empresa, Ray Young, e com o vice-presidente da GM, José Carlos Pinheiro Neto, Lula desceu até os fundos do palácio, onde estava estacionado o carro.
Olhou o motor e o porta-malas antes de entrar no modelo. Depois deu partida e buzinou.
Com o carro parado, forçou o acelerador enquanto fazia a mudança no motor entre os diferentes tipos de combustível, por meio de um botão no painel. "Agora vou colocar gás. Agora vou colocar gasolina. Agora vou colocar álcool", disse, sorrindo.
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), que estava ao lado do presidente durante a apresentação, disse que o governo estuda uma "redução tarifária" para os carros multicombustíveis. "O Ministério da Fazenda vem estudando o pleito do setor automotivo de ter uma redução tarifária para veículos multicombustíveis. Esse tema está em análise com o ministro [Antonio] Palocci [Filho]. Eu acredito que haja possibilidade do benefício", disse.
Ao ser indagado se não era prejudicial para a imagem de Lula aparecer ao lado de um produto de determinada marca, à qual fez elogios, Furlan respondeu: "De jeito nenhum. Em tudo o que puder ajudar a venda de produtos e tecnologia brasileiras, o presidente vai estar, independentemente da origem da companhia. (JULIA DUAILIBI)


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