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Pedágio baixo pode afastar investidores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Potenciais investidores
nas próximas concessões
rodoviárias acham que será difícil atrair o capital
privado com o valor teto
de pedágio que consta da
audiência pública.
"A tarifa teto é muito
baixa. Concessionárias
mais experientes terão dificuldade em fazer ofertas", avalia Moacyr Servilha Duarte, presidente da
ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias
de Rodovias). A entidade
representa 36 empresas
que operam concessões
em sete Estados.
"O conceito que deveria
vigorar não é o de menor
tarifa, mas o da tarifa que o
usuário está disposto a pagar para ter uma estrada
boa", diz Duarte. Mas ele
ressaltou que a entidade
está de acordo com a modelagem básica do leilão,
porque foram corrigidos
erros da etapa anterior.
Para Geraldo Aguiar de
Brito Vianna, presidente
da NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística), a concessão à iniciativa privada é a única solução. "Há dois trechos que
são mais importantes, a
Régis Bittencourt e a Fernão Dias. Para esses trechos, a única esperança é o
processo de concessão",
disse. "Somos defensores
desse modelo. Não confio
no Estado como gestor de
rodovias, porque as políticas para o setor não são
permanentes."
Segundo ele, os tetos para o pedágio são "razoáveis", mas seria preciso solucionar o caso dos caminhões, para evitar que paguem por eixo.
"Cobrar mais do caminhão encarece o custo dos
produtos. Poupa o contribuinte, mas pune o consumidor", afirmou. Ele defendeu a desoneração tributária para as tarifas de
pedágio como forma de solucionar o problema.
O presidente da sessão
de cargas da CNT (Confederação Nacional do
Transporte), Flávio Benatti, também propõe a
desoneração. "O governo
está se livrando de uma
responsabilidade e cobrando impostos do concessionário", avalia.
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