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"Não há cartel no setor", diz o DAC
da Sucursal do Rio
Para o DAC (Departamento de
Aviação Civil), a redução conjunta das promoções oferecidas em
vários vôos das quatro grandes
companhias de transporte aéreo
do país e a aproximação dos preços das passagens domésticas, em
algumas rotas, não caracterizam a
formação de cartel.
"As empresas não estão cartelizando", afirmou o brigadeiro
Marcos Antônio de Oliveira, diretor-geral do DAC, órgão responsável pelo controle e fiscalização
do espaço aéreo nacional.
Os principais executivos da Varig, Vasp, Transbrasil e TAM estiveram reunidos em São Paulo na
semana passada.
Dias depois, as empresas começaram a reduzir suas promoções,
começando pela ponte aérea, e estendendo a medida para vários
outros vôos nacionais.
Reunião semelhante, nesta semana, antecedeu a solicitação para um reajuste de 9,5% das tarifas
cheias (limite fixado pelo DAC)
de algumas rotas.
O pedido de aumento feito pelas
empresas foi reduzido pelo órgão
para apenas 2,9% e enviado para
o Ministério da Fazenda na quinta-feira.
Estrutura parecida
"As companhias têm o direito
de fazer reivindicações, mas o
DAC não tem nenhuma obrigação de acatá-las. Nossa obrigação
é acompanhar os preços e verificar os impactos no setor de transporte aéreo".
O brigadeiro explica que os cálculos das companhias são "mais
ou menos os mesmos" porque as
empresas aéreas têm uma estrutura de custo parecida, usam os
mesmos insumos e têm aeronaves muito semelhantes.
Segundo dados do DAC, em 98
a Varig transportava 46% do número de passageiros em território
nacional, contra 50,4% de 97; a
Vasp, 23,5% (semelhante à posição de 97); a Transbrasil, 20,1%
(dois pontos percentuais a menos
do que em 97) e a TAM, 10,3%
(em 97, apenas 3,8%).
Em vôos internacionais, a Varig
domina o mercado, com 71,3%,
seguida pela Vasp (22,2%),
Transbrasil (6,4%) e TAM (0,1%).
O levantamento do DAC foi realizado no ano passado.
(ISABEL CLEMENTE)
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