da Reportagem Local

O aumento das tarifas aéreas promete devolver ao ônibus o status perdido e revitalizar o transporte rodoviário, se depender dos usuários frequentes do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
"Não dá para escolher entre avião e ônibus quando a viagem é a trabalho. Mas, a partir de agora, viajar a passeio será só de ônibus", disse o advogado João Assafim.
"O aumento das tarifas aéreas vai voltar a elitizar esse meio de transporte", disse seu colega Alberto Guimarães.
O executivo João Fernandes também garante que vai deixar de lado o conforto de viajar de avião e enfrentar as longas viagens de ônibus. "Vou começar a adquirir o hábito de viajar de ônibus. Com o preço de uma passagem aérea, consigo fazer pelo menos três viagens de ônibus", disse Fernandes, que vai duas vezes por mês ao Rio de Janeiro e a Londrina (PR).
O empresário Antonio Speranzoni Júnior reclama das novas tarifas, mas, por outro lado, torce para que os preços das passagens subam.
Speranzoni é dono de uma rede de lojas no Terminal Rodoviário Tietê e viu o movimento dos passageiros cair 25% desde o início da guerra das tarifas aéreas. Com o aumento das tarifas de avião, o empresário espera recuperar a clientela perdida.
Outra alternativa será pegar o carro. "Pensei em vir de carro, mas isso só não foi possível porque tenho pouco tempo para ficar em São Paulo", afirmou Fátima Calis, que veio de Porto Alegre.




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