São Paulo, sábado, 14 de setembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda norte-americana subiu 1,09% ontem; Bolsa subiu 0,08%, com fraco giro de R$ 284,4 mi

Dólar fecha semana estável, em R$ 3,16

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar subiu 1,09% ontem, para R$ 3,16. A moeda norte-americana encerrou a semana estável. Segundo operadores, o mercado continua com baixa liquidez, e as oscilações do dólar não podem ser tomadas como um sinalizador de tendência.
O mercado operou nesta semana acompanhando quase que exclusivamente o cenário externo. "Quase não ouvi falar sobre as eleições no Brasil nos últimos dias", afirma Alan Gandelman, da corretora Ágora Sênior.
O noticiário internacional foi bastante pesado nesta semana. Na quarta-feira os ataques terroristas aos Estados Unidos completaram um ano.
A data causou certo temor diante da possibilidade de novos atentados. Além disso, houve o pedido de Alan Greenspan, presidente do Fed (o banco central norte-americano), para que o governo dos Estados Unidos tenha mais disciplina fiscal -do contrário, poderá ser necessário elevar os juros do país.
A declaração de George W. Bush, presidente dos Estados Unidos, que deu um ultimato à ONU para apoiar um ataque ao Iraque, também gerou preocupação. A fala aumentou o temor em relação a uma provável guerra e fez com que o preço do petróleo subisse forte.
"Com grande probabilidade de uma guerra e a proximidade do final de semana, é natural que haja uma procura maior por dólares, o que pressiona a cotação. Na outra ponta, não há disposição de vender", afirma Maurício Zanella, do Lloyds TSB.
O Banco Central vendeu US$ 23 milhões em uma linha de crédito à exportação e rolou o vencimento de outros US$ 100 milhões. O Bradesco conclui ontem uma captação de US$ 100 milhões no exterior.

Bolsa e juros
A Bovespa fechou o dia praticamente estável, em alta de 0,08%, aos 10.180 pontos. O giro financeiro foi o mais baixo deste mês -somou R$ 284,417 milhões- e o menor desde 5 de julho (R$ 279 milhões). Na semana, a Bolsa paulista subiu 4,78%.
No mercado de juros, as projeções para as taxas subiram um pouco, acompanhando a alta do dólar. Os contratos para janeiro de 2003, os mais negociados, passaram de 20,32% para 20,45%.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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