São Paulo, terça-feira, 14 de setembro de 2004

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GLOBALIZAÇÃO

China é o país que mais deve atrair recursos em pesquisa e desenvolvimento nos próximos 3 anos, aponta levantamento

Brasil é 6º em intenção de investimento

DA REDAÇÃO

O Brasil é o sexto país que mais deve atrair investimentos na área de pesquisa e desenvolvimento (R&D, na sigla em inglês) nos próximos três anos, de acordo com um levantamento do EIU (Economist Intelligence Unit), braço de pesquisas econômicas do grupo britânico que edita a revista "The Economist".
O instituto ouviu em julho e agosto 104 executivos em relação ao assunto "globalização em pesquisa e desenvolvimento", de diversas regiões (37 da América do Norte, 35 da Europa e 16 da Ásia ou Pacífico, por exemplo) e funções (18 ocupavam o principal cargo da companhia).
A China será o destino mais provável dos investimentos para 39% dos executivos, à frente dos Estados Unidos (29%), da Índia (28%), do Reino Unido (24%) e da Alemanha (19%). O resultado, segundo o EIU, "aponta a atratividade crescente dos principais mercados emergentes como locais de inovação tecnológica".
Ainda assim, as empresas participantes "quase duas vezes mais conduzem pesquisas em países desenvolvidos do que naqueles em desenvolvimento [...] Elas se sentem mais seguras para novos projetos em países onde há sofisticada infra-estrutura de pesquisa, fortes ligações com algumas das principais universidades do mundo e robusta proteção à propriedade intelectual".
A maioria dos entrevistados era da área de serviços (18 no total), porém mais de 15 ramos de atuação estiveram representados.
Das 104 companhias, 52% disseram que prevêem elevar os gastos em R&D em países estrangeiros nos próximos três anos. Para outros 38%, a estimativa é de manutenção do nível de investimentos.
O levantamento tentou investigar por que um número cada vez maior de empresas decide expandir suas atividades de pesquisa e desenvolvimento para outras regiões. Segundo a pesquisa, a "caça" a novos talentos é a principal razão, o que inclui estar próximo de novos centros de excelência técnica e científica.
Outros motivos que levam ao aumento dos investimentos é o tamanho do mercado -a expansão contínua da economia de China e Índia explica por que são pólos de atração- e a possibilidade de reduzir custos.
A proteção à propriedade intelectual é a principal preocupação. O EIU destaca que 84% dos executivos a citaram como um "importante desafio" e relaciona com a dificuldade em proteger os direitos em "mercados emergentes como a China, que deverão melhorar seus números na área para que possam alcançar seus potenciais como centros de R&D".


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