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Economia chinesa corre riscos, dizem EUA
Para secretário do Tesouro, país precisa
acelerar a adoção de economia de mercado
Henry Paulson, que visitará
a China, volta a pedir
flexibilização do câmbio e
afirma que países precisam
repensar seu relacionamento
DA FOLHA ONLINE
DA REDAÇÃO
A China e os Estados Unidos
precisam repensar seu relacionamento e superar disputas de
curto prazo para avaliar sua política em termos "generacionais", disse Henry Paulson, secretário do Tesouro dos EUA.
Em discurso antes de sua primeira visita à China como secretário do Tesouro, na semana
que vem, Paulson, que foi presidente do conselho do Goldman
Sachs, disse que diria às autoridades chinesas: "Nós queremos
que vocês tenham sucesso".
"Os EUA têm grande interesse em uma China estável e
próspera -uma China que possa cumprir seu papel como líder econômica global", disse.
O governo da China precisa
acelerar a adoção de uma economia de mercado e a flexibilização do câmbio, sob risco de
perder o controle econômico,
disse Paulson.
"O maior risco que vemos
não é o de que a China irá superar os EUA, mas de que não
consiga seguir adiante com as
reformas necessárias para sustentar seu crescimento e lidar
com os graves problemas que
afetam o país", disse ele.
O primeiro dos desafios que a
China tem de encarar, segundo
Paulson, é a adoção de ferramentas para evitar que sua economia saia do controle.
O câmbio, um dos principais
entraves nas relações dos EUA
com o país asiático, estará na
pauta de Paulson na China.
Analistas consideram pouco
provável, porém, que o governo
chinês adote mudança mais
drástica no curto prazo.
Paulson avisou que "o nível
de sentimento anticomércio e
anti-China nos EUA é significativo e está crescendo" e que o
governo chinês subestima o
quanto a questão cambial é
"vista pelos críticos como símbolo da competição injusta".
Críticos dizem que o yuan
(moeda chinesa) é artificialmente desvalorizado, o que torna os produtos chineses mais
competitivos.
Comércio
O secretário indicou que gostaria de ver uma retomada da
Rodada Doha e enfatizou que
vai se opor a medidas do Congresso para a imposição de medidas protecionistas contra
produtos chineses.
"Não vamos dar ouvidos a
cantos de sereia do protecionismo e do isolacionismo. Ao
restringir a competição e bloquear as forças da mudança, o
protecionismo reduz os prejuízos do presente sacrificando
oportunidades do futuro."
O déficit comercial dos EUA
com a China recuou em julho,
para US$ 19,58 bilhões -ante
US$ 19,71 bilhões de junho. O
desequilíbrio no ano, porém,
deve superar o registrado no
ano passado, US$ 202 bilhões.
Com agências internacionais
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