São Paulo, sexta-feira, 14 de setembro de 2007

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Apesar da ata do Copom, LCA prevê novas quedas da Selic

As chances de uma freada no processo de queda da taxa básica de juros no Brasil aumentaram bastante depois de divulgada a ata da reunião do Copom, ontem. Não há, no entanto, consenso entre os analistas se a interrupção já começa em outubro. Tudo depende do comportamento da inflação.
A LCA Consultores mantém sua projeção de continuidade no processo de redução da Selic nas próximas reuniões do Copom. A consultoria aposta na hipótese de que, ao longo das próximas semanas, será benigna a evolução dos indicadores de atividade e de inflação.
Para a LCA, o próprio resultado do PIB do segundo trimestre, que foi divulgado depois da reunião do Copom, apontou uma expansão do investimento claramente mais rápida do que antecipava o Banco Central, a julgar por suas projeções que constam no relatório da inflação de final de junho. Ao mesmo tempo, o crescimento do consumo das famílias parece ter vindo em linha com a expectativa oficial.
Além disso, a consultoria prevê que os resultados de julho e agosto da pesquisa mensal do comércio do IBGE sinalizem uma perda de dinamismo do consumo, em razão principalmente do impacto da alta de preços dos alimentos. A LCA prevê até uma queda das vendas na pesquisa mensal do comércio de julho em relação a junho, a qual seria a primeira do ano.
Outros fatores podem contribuir para reduzir o desconforto do Banco Central com a inflação. Entre eles, os sinais de que, neste terceiro trimestre, as importações estão aceleradas e o investimento se mantém em forte expansão.
A LCA espera que, até o dia 17 de outubro, quando se dará a próxima reunião do Copom, surjam indícios mais claros da acomodação do nível de utilização da capacidade instalada na indústria e de que a recente aceleração inflacionária está associada essencialmente a choques temporários de oferta, o que poderá se refletir na interrupção da trajetória da elevação das projeções para a inflação.

MAIS UMA VEZ
Com 36 anos de experiência no setor de tecidos, os sócios Attilio Baschera e Gregorio Kramer, da paulistana AGain, devem partir para o mundo cultural em 2008. "Queremos fazer eventos que fogem do padrão "coquetel na loja'", afirmam. O ano de 2007 foi marcado pela expansão da grife em pontos-de-venda. "Isso é resultado de demanda. Muitas pessoas procuram tecidos da AGain para representar." A marca está presente em oito capitais.

FEIRA DAS VAIDADES
A empresa 4 HYP abre hoje o Jet Set Tendencies, evento que apresenta tendências do mercado de luxo, em São Paulo. A idéia, segundo o produtor Eduardo Barbeiro, é aliar lançamentos do mercado de moda, música, arquitetura, tecnologia e entretenimento. Estarão presentes marcas como Peugeot, Tetra Pak e bebidas do LVMH.

ANDAIME
O nível de emprego na construção civil brasileira abriu o segundo semestre de 2007 em alta, seguindo a tendência verificada de janeiro a junho deste ano. A elevação de 1,36% em julho sobre o mês anterior aumentou o contingente de trabalhadores formais na construção civil do país para 1,686 milhão, segundo o SindusCon-SP. Em julho, o setor incorporou mais 22,6 mil empregados com carteira assinada.

CABO-DE-GUERRA
O governo de São Paulo promove uma feira de artesanato entre os dias 13 e 23 de dezembro chamada Mãos Brasileiras para concorrer com o comércio de fim de ano da rua 25 de Março. A feira, segundo Guilherme Afif Domingos, secretário do Emprego e das Relações do Trabalho de SP, será um confronto com as "mãos chinesas", dos produtos vendidos na 25 de Março. O evento será realizado em parceria com o Sebrae nacional.

MESA
A governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria (PSB), será a convidada do Lide para o almoço-debate deste mês, na segunda-feira, no Renaissance, em São Paulo.

PARCEIROS
A Lello fechou parceria com a Imobs, o que garantiu alta de 8% na carteira e 8.000 imóveis administrados. Com a parceria, a empresa inaugurará uma filial, no Parque da Mooca, em SP.

CAIS PARADO
O Cais de Paul, um dos principais de exportação de ferro-gusa do Sudeste, que fica em Vila Velha (ES), parou anteontem. O cais era operado com equipamentos alugados da Vale do Rio Doce ao Sindifer (sindicato do ferro de MG), cujo contrato expirou na terça. A Vale saiu da operação em abril porque o contrato de arrendamento terminou. Desde então, operava com contratos emergenciais porque a Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo), há mais de dois anos, não consegue avançar com o processo de licitação. Em 2006, mais de 1,5 milhão de toneladas de ferro-gusa foram embarcadas em Paul.

ESTRATÉGIA
Eduardo Villaverde, CEO do BMW Group América Central e América do Sul, estará na Faap, na segunda, para a Semana de Administração e Hotelaria. Ele falará aos alunos de administração sobre a estratégia de marketing da BMW ante os competidores da AL.

EM ÓRBITA
O Rio sediará o Congresso Latino-Americano de Satélites, no dia 20. No evento será debatida a retomada do mercado de satélites na região. Pablo Tognetti, executivo da empresa pública Arsat, estará presente, representando a Argentina.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA

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