|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Apesar da ata do Copom, LCA prevê novas quedas da Selic
As chances de uma freada no
processo de queda da taxa básica de juros no Brasil aumentaram bastante depois de divulgada a ata da reunião do Copom, ontem. Não há, no entanto, consenso entre os analistas
se a interrupção já começa em
outubro. Tudo depende do
comportamento da inflação.
A LCA Consultores mantém
sua projeção de continuidade
no processo de redução da Selic
nas próximas reuniões do Copom. A consultoria aposta na
hipótese de que, ao longo das
próximas semanas, será benigna a evolução dos indicadores
de atividade e de inflação.
Para a LCA, o próprio resultado do PIB do segundo trimestre, que foi divulgado depois da
reunião do Copom, apontou
uma expansão do investimento
claramente mais rápida do que
antecipava o Banco Central, a
julgar por suas projeções que
constam no relatório da inflação de final de junho. Ao mesmo tempo, o crescimento do
consumo das famílias parece
ter vindo em linha com a expectativa oficial.
Além disso, a consultoria
prevê que os resultados de julho e agosto da pesquisa mensal
do comércio do IBGE sinalizem uma perda de dinamismo
do consumo, em razão principalmente do impacto da alta de
preços dos alimentos. A LCA
prevê até uma queda das vendas na pesquisa mensal do comércio de julho em relação a
junho, a qual seria a primeira
do ano.
Outros fatores podem contribuir para reduzir o desconforto do Banco Central com a
inflação. Entre eles, os sinais de
que, neste terceiro trimestre, as
importações estão aceleradas e
o investimento se mantém em
forte expansão.
A LCA espera que, até o dia 17
de outubro, quando se dará a
próxima reunião do Copom,
surjam indícios mais claros da
acomodação do nível de utilização da capacidade instalada na
indústria e de que a recente
aceleração inflacionária está
associada essencialmente a
choques temporários de oferta,
o que poderá se refletir na interrupção da trajetória da elevação das projeções para a inflação.
MAIS UMA VEZ
Com 36 anos de experiência no setor de tecidos, os sócios Attilio Baschera e Gregorio Kramer, da paulistana
AGain, devem partir para o mundo cultural em 2008.
"Queremos fazer eventos que fogem do padrão "coquetel
na loja'", afirmam. O ano de 2007 foi marcado pela expansão da grife em pontos-de-venda. "Isso é resultado de
demanda. Muitas pessoas procuram tecidos da AGain para representar." A marca está presente em oito capitais.
FEIRA DAS VAIDADES
A empresa 4 HYP abre hoje o Jet Set Tendencies, evento que apresenta tendências do mercado de luxo, em São
Paulo. A idéia, segundo o produtor Eduardo Barbeiro, é
aliar lançamentos do mercado de moda, música, arquitetura, tecnologia e entretenimento. Estarão presentes
marcas como Peugeot, Tetra Pak e bebidas do LVMH.
ANDAIME
O nível de emprego na
construção civil brasileira
abriu o segundo semestre de
2007 em alta, seguindo a
tendência verificada de janeiro a junho deste ano. A
elevação de 1,36% em julho
sobre o mês anterior aumentou o contingente de
trabalhadores formais na
construção civil do país para
1,686 milhão, segundo o SindusCon-SP. Em julho, o setor incorporou mais 22,6 mil
empregados com carteira
assinada.
CABO-DE-GUERRA
O governo de São Paulo
promove uma feira de artesanato entre os dias 13 e 23
de dezembro chamada Mãos
Brasileiras para concorrer
com o comércio de fim de
ano da rua 25 de Março. A
feira, segundo Guilherme
Afif Domingos, secretário do
Emprego e das Relações do
Trabalho de SP, será um
confronto com as "mãos chinesas", dos produtos vendidos na 25 de Março. O evento será realizado em parceria com o Sebrae nacional.
MESA
A governadora do Rio
Grande do Norte, Wilma de
Faria (PSB), será a convidada do Lide para o almoço-debate deste mês, na segunda-feira, no Renaissance, em
São Paulo.
PARCEIROS
A Lello fechou parceria
com a Imobs, o que garantiu
alta de 8% na carteira e
8.000 imóveis administrados. Com a parceria, a empresa inaugurará uma filial,
no Parque da Mooca, em SP.
CAIS PARADO
O Cais de Paul, um dos
principais de exportação de
ferro-gusa do Sudeste, que
fica em Vila Velha (ES), parou anteontem. O cais era
operado com equipamentos
alugados da Vale do Rio Doce ao Sindifer (sindicato do
ferro de MG), cujo contrato
expirou na terça. A Vale saiu
da operação em abril porque
o contrato de arrendamento
terminou. Desde então, operava com contratos emergenciais porque a Codesa
(Companhia Docas do Espírito Santo), há mais de dois
anos, não consegue avançar
com o processo de licitação.
Em 2006, mais de 1,5 milhão
de toneladas de ferro-gusa
foram embarcadas em Paul.
ESTRATÉGIA
Eduardo Villaverde, CEO
do BMW Group América
Central e América do Sul, estará na Faap, na segunda,
para a Semana de Administração e Hotelaria. Ele falará
aos alunos de administração
sobre a estratégia de marketing da BMW ante os competidores da AL.
EM ÓRBITA
O Rio sediará o Congresso
Latino-Americano de Satélites, no dia 20. No evento será debatida a retomada do
mercado de satélites na região. Pablo Tognetti, executivo da empresa pública Arsat, estará presente, representando a Argentina.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
Próximo Texto: Após dois anos, BC sinaliza fim do ciclo de corte no juro Índice
|