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Espanha promete ajuda a bancos; Holanda e Áustria também agem
DA REDAÇÃO
A Espanha vai destinar, para
este ano, até 100 bilhões (US$
136 bilhões) para garantir as dívidas bancárias das instituições financeiras e mais outra
quantia, ainda não divulgada,
para o ano que vem. A ação é
parte do esforço dos 15 países
que formam a zona do euro para tentar restaurar a confiança
nos mercados financeiros.
Em anúncio após reunião de
emergência com o seu gabinete, o presidente do governo espanhol, José Luiz Zapatero,
disse que também foi aprovada
uma medida "preventiva" que
permite que que a administração federal compre ações de
bancos (em um modelo semelhante ao adotado pelo Reino
Unido). Mas ministros disseram que, no momento, não
vêem necessidade de injetar
capital nas instituições.
De acordo com Zapatero, as
garantias para as dívidas bancárias não deverão trazer prejuízo ao contribuinte espanhol
"desde que o sistema financeiro reaja como esperamos".
O governo espanhol, que na
semana passada aprovou um
fundo para comprar até 50
bilhões (US$ 68 bilhões) em
ativos de bancos, afirmou que a
sua prioridade é permitir que o
crédito volte a fluir, para que a
economia funcione normalmente. A previsão do FMI é
que a economia do país entrará
em recessão no ano que vem.
O principal banco espanhol,
o Santander, é uma das raras
instituições que têm aproveitado a crise para crescer. O banco
adquiriu ontem, por US$ 1,9 bilhão, os cerca de 75% que não
possuía no americano Sovereign Bancorp e comprou recentemente parte da financiadora Bradford & Bingley, do
Reino Unido.
Já o governo da Holanda, que
no mês passado nacionalizou
as operações do banco Fortis,
prometeu 200 bilhões (US$
272 bilhões) para os empréstimos entre as instituições financeiras. Segundo o premiê
Jan Peter Balkenende, quase
todos os bancos estão sofrendo
com a falta de liquidez.
Na Áustria, o governo aprovou um plano de 85 bilhões
(US$ 114 bilhões) para garantir
os empréstimos interbancários
e mais 15 bilhões (US$ 22 bilhões) para recapitalização das
instituições financeiras.
Com "Financial Times" e agências internacionais
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