São Paulo, terça-feira, 14 de outubro de 2008

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Espanha promete ajuda a bancos; Holanda e Áustria também agem

DA REDAÇÃO

A Espanha vai destinar, para este ano, até 100 bilhões (US$ 136 bilhões) para garantir as dívidas bancárias das instituições financeiras e mais outra quantia, ainda não divulgada, para o ano que vem. A ação é parte do esforço dos 15 países que formam a zona do euro para tentar restaurar a confiança nos mercados financeiros.
Em anúncio após reunião de emergência com o seu gabinete, o presidente do governo espanhol, José Luiz Zapatero, disse que também foi aprovada uma medida "preventiva" que permite que que a administração federal compre ações de bancos (em um modelo semelhante ao adotado pelo Reino Unido). Mas ministros disseram que, no momento, não vêem necessidade de injetar capital nas instituições.
De acordo com Zapatero, as garantias para as dívidas bancárias não deverão trazer prejuízo ao contribuinte espanhol "desde que o sistema financeiro reaja como esperamos".
O governo espanhol, que na semana passada aprovou um fundo para comprar até 50 bilhões (US$ 68 bilhões) em ativos de bancos, afirmou que a sua prioridade é permitir que o crédito volte a fluir, para que a economia funcione normalmente. A previsão do FMI é que a economia do país entrará em recessão no ano que vem.
O principal banco espanhol, o Santander, é uma das raras instituições que têm aproveitado a crise para crescer. O banco adquiriu ontem, por US$ 1,9 bilhão, os cerca de 75% que não possuía no americano Sovereign Bancorp e comprou recentemente parte da financiadora Bradford & Bingley, do Reino Unido.
Já o governo da Holanda, que no mês passado nacionalizou as operações do banco Fortis, prometeu 200 bilhões (US$ 272 bilhões) para os empréstimos entre as instituições financeiras. Segundo o premiê Jan Peter Balkenende, quase todos os bancos estão sofrendo com a falta de liquidez.
Na Áustria, o governo aprovou um plano de 85 bilhões (US$ 114 bilhões) para garantir os empréstimos interbancários e mais 15 bilhões (US$ 22 bilhões) para recapitalização das instituições financeiras.


Com "Financial Times" e agências internacionais


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