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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Alta do real é o preço do sucesso
da economia do Brasil, afirma CNI
A valorização do real é o preço da superação da vulnerabilidade externa do Brasil, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
"Novas manifestações de sucesso da economia, como a superação da crise e o retorno do
crescimento, porém, poderão
aprofundar esse quadro", segundo a publicação "Notas
Econômicas", da entidade.
Até outubro deste ano, a
moeda brasileira apresentou
valorização de 18%, quando
comparada a uma cesta de
moedas dos principais parceiros comerciais do Brasil.
Com relação ao dólar, o real é
a moeda que mais subiu em
2009. Até outubro, a apreciação foi de 27% ante a moeda
norte-americana e de 20% em
relação ao euro.
Entre os fatores que continuam a promover a alta do
câmbio está a rentabilidade de
aplicações, que, mesmo com o
IOF, continua elevada.
A Bolsa de Valores brasileira
apreciou-se em 64% neste ano,
até 31 de outubro, considerando a média mensal, muito superior a outros mercados.
O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, reconhece
que o problema do câmbio não
tem solução fácil e que há um
quadro externo desfavorável,
puxado pelos baixos juros nos
Estados Unidos.
"Mas é preciso uma política
defensiva", diz, ao alegar que a
valorização da moeda impacta
negativamente vários segmentos industriais.
Monteiro sugere que o governo revise a legislação cambial,
que ele considera ultrapassada,
e desonere as exportações, uma
vez que "o setor acumula muitos créditos tributários".
ROSADO
François Millo, diretor do Conselho Interprofissional dos
Vinhos de Provence, veio ao Brasil nesta semana para promover os rosés da região francesa no país. O Brasil é um dos
principais pontos para promoção do produto atualmente, segundo Millo. O consumo deste tipo de vinho tem crescido há
dez anos e o verão é a estação de maiores vendas. Há cerca
de dois anos, a Chandon, espumante brasileiro do grupo
LVMH, lançou a variedade Chandon Brut Rosé, que representa 15% das vendas da marca no Brasil. "A variedade cresceu 17% de 2008 para 2009 e pretende manter a expansão
em 2010", diz Sérgio Degese, diretor comercial da Chandon.
A vinícola brasileira Salton também produz vinhos rosé no
país. Seu Salton Poética, outro espumante, registrou crescimento de 127% nas vendas no Brasil entre 2007 e 2008, com
130,2 mil garrafas vendidas no ano passado. A vinícola também produz um rosé frisante.
DOCE DESFECHO
Um processo de recuperação judicial de mais de
três anos chegou ao fim em
outubro na fabricante de
balas e biscoitos Cory, controladora de marcas como
Tic Tac, Lilith e Icekiss. A
empresa seguiu um projeto
para sanar suas finanças,
que inclui um parcelamento em 15 anos de uma dívida avaliada em R$ 109 milhões em 2006.
"A nossa dívida continua,
mas acabaram os monitoramentos da Justiça e poderemos ter acesso à crédito", diz Nelson Castro, presidente da Cory.
O plano da empresa é retomar o mercado que perdeu. Em 2003, a Cory faturou R$ 120 milhões, sem
correção. Para 2009, a projeção é de R$ 90 milhões.
"Continuamos os negócios no atacado, mas praticamente deixamos de atender os supermercados, porque faltou capital de giro
para sustentar as condições
de entrega e pagamento.
Agora, vamos retomar os
negócios no varejo."
INTERNACIONAL 1
Uma das maiores administradoras de investimentos do mundo, a BlackRock,
passa a integrar o quadro de
associados da Amec (Associação de Investidores no
Mercado de Capitais). Sediada em NY, a BlackRock,
que contabiliza US$ 1,435
trilhão de ativos de clientes
em mais de 60 países, é a
primeira gestora estrangeira a se filiar à entidade.
INTERNACIONAL 2
A chegada da BlackRock
marca o início do processo
de internacionalização da
Amec, que amplia e diversifica seu quadro de membros, até então restrito a
gestores de recursos instalados no Brasil. Will Landers, diretor administrativo
da gestora, vai ser um dos 14
diretores da instituição.
TRANSPARENTE
Fabio Barbosa, presidente do Grupo Santander Brasil, vai falar sobre ética e
transparência para os negócios no TEDx São Paulo,
evento que acontece hoje.
Cerca de 700 pessoas são esperadas para participar do
encontro, que tem patrocínio do banco.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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