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Índios entram em confronto na Aracruz
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA
Trabalhadores da Aracruz
Celulose entraram em confronto ontem com os índios
que haviam bloqueado o porto da empresa, em Aracruz
(ES). O bloqueio terminou
no final da tarde de ontem,
depois do confronto.
Os índios negaram que o
fim da invasão seja relacionado ao confronto. Eles devem tentar uma audiência
com o ministro da Justiça,
Márcio Thomaz Bastos, para
acelerar a demarcação de 11
mil hectares pertencentes à
produtora de celulose.
O encontro dos dois grupos ocorreu após a convocação, por parte de sindicatos,
de pouco mais de mil funcionários da empresa para uma
ação contrária à invasão, iniciada anteontem.
Apoiados por prestadores
de serviços da empresa, os
trabalhadores foram ao local
para, segundo o presidente
do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Extrativa
de Madeira, Davi Gomes,
"defender o direito de trabalhar em paz e convidar os índios a desocuparem o porto".
O tumulto começou quando os funcionários entraram
no local. Eles arrombaram os
portões (trancados com cadeados pelos índios) e trocaram empurrões com os invasores. Houve insultos mútuos e ameaças de agressão.
De acordo com a Polícia
Militar, conforme entravam,
os funcionários expulsavam
os integrantes de movimentos sociais (que também participavam da invasão) e parte
dos índios. Lideranças indígenas disseram que as expulsões foram violentas.
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