São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2008 |
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Crise faz empresa cortar bônus, diz pesquisa Cerca de 70% das empresas brasileiras estão revisando seus orçamentos para aumentos salariais em razão da crise econômica. Os percentuais de reajustes já estão menores agora do que há dois meses. Em setembro, a média dos aumentos programados para 2009 nos rendimentos pelas empresas era de 7,5%. Em novembro, esse percentual caiu para 6,5%. As informações são de levantamento da consultoria de RH Hewitt feito em novembro com 217 empresas de Brasil, Argentina, Chile, México, Porto Rico e Venezuela. Os impactos da crise nos salários já serão sentidos nos bônus pagos neste ano. No Brasil, 84% das empresas pretendem reduzir a remuneração variável programada. Apenas 15% pretendem aumentar os bônus, informa a pesquisa. Para os bônus do ano que vem, 85% das empresas disseram que farão cortes. A pesquisa aponta que a redução será maior em 2009. A quantidade de empresas que indicaram que reduzirão mais de 10% da remuneração variável dos funcionários subiu de 15% para 23% de 2008 para 2009. Segundo Patrícia Hanai, consultora de remuneração da Hewitt, o corte nos aumentos salariais só não é mais alto no Brasil porque a legislação impõe o dissídio coletivo. "Parte do orçamento para salários não pode ser reduzida por conta da lei brasileira. Mas os cortes no país serão feitos nos rendimentos por mérito", afirma. Além da redução no pagamento de bônus, a pesquisa mapeou outras medidas na área de recursos humanos tomadas pelas empresas para enfrentar a crise global. Entre as companhias brasileiras consultadas, 71% afirmaram que pretendem suspender as contratações. Já as demissões estão nos planos de 43% delas. E o congelamento dos salários foi mencionado como uma das ações previstas por 30% das empresas consultadas pela Hewitt. "Em um momento de crise, as empresas tendem a ser mais conservadoras. O primeiro corte é nos grandes investimentos. E, nesse cenário de contração, não faz sentido contratar mais", diz Hanai. Apesar de todos esses sinais apontados pelo estudo de que as empresas pretendem reduzir os gastos com pessoal, Hanai não espera um aumento do desemprego no curto prazo. "No curto prazo, o aumento do desemprego não tende a aparecer nos indicadores oficiais da economia, principalmente, devido à diferença de tempo da medição e ao aumento do consumo desta época do ano. Mas, no longo prazo ou com o agravamento da crise, a tendência é de alta." Empresas cortam investimento virtual, afirma consultoria
O espaço virtual Second Life,
criado em 2003 e que atraiu
empresas como um canal adicional de relacionamento com
clientes, perdeu adeptos nos últimos meses. Trata-se de um
espaço que virou febre na internet, em que empresas se estabelecem com suas marcas e se
relacionam com internautas
que criam seus personagens
em uma espécie de jogo. |
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