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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Banco quer individualizar culpa por quebra
Termina na próxima sexta-feira, dia 18, a audiência pública
realizada pelo Banco Central
para o projeto da lei que vai estabelecer novas regras para a liquidação e a falência de instituições financeiras no país. Tal
norma substituirá leis de 1974,
1987 e 1997 e representa um
pleito antigo do setor.
Segundo fontes familiares
com o assunto, entidades de
classe como a Anbima (Associação Brasileira das Entidades
dos Mercados Financeiro e de
Capitais) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) têm
como principal sugestão a
acrescentar à proposta inicial
divulgada pelo BC uma melhor
divisão de responsabilidades
entre os dirigentes das instituições no caso de intervenção.
Atualmente, quando um
banco enfrenta problemas e
precisa ser fechado, os seus gestores acabam assumindo parcelas iguais de culpa nas esferas
judiciais. Porém, na opinião de
executivos da área financeira,
cada um deve responder individualmente pelas operações que
levaram às dificuldades da instituição. Nenhuma das duas entidades quis fazer comentários
a respeito.
"A ideia do BC é atualizar os
procedimentos repetindo o sucesso da nova Lei de Falências
para empresas de outros segmentos, a qual faz cinco anos
em 2010 e facilitou sobremaneira a recuperação judicial",
diz Augusto Carneiro de Oliveira Filho, sócio do escritório de
advocacia Siqueira Castro.
"Outro objetivo é dar mais agilidade para a autoridade identificar dificuldades e agir. E também para acelerar os trâmites
no caso de uma liquidação."
Começar uma intervenção,
hoje, é decretar a morte do banco em questão. No entanto,
com o novo mecanismo, seria
até possível sanear a instituição
sem precisar fechá-la, de acordo com especialistas.
"A ideia do novo projeto de lei é atualizar os
procedimentos repetindo o sucesso da lei de
falências para empresas de outros segmentos"
AUGUSTO CARNEIRO DE OLIVEIRA FILHO
sócio do escritório de advocacia Siqueira Castro
YES, NÓS TEMOS DESIGN
Em 2010, o badalado circuito Fuori Salone terá um espaço todo dedicado aos fabricantes brasileiros durante o
Salão do Móvel de Milão. Quem leva os expositores são as
empresas de eventos e marketing de relacionamento Connect 360 e Moreira do Valle. "Nosso endereço será a Via
Tortona, onde se concentram os produtos mais bacanas e
conceituais. Queremos mostrar que o Brasil também possui um design criativo", diz Sandra Sobral, da Connect
360. "E que é inovador em tecnologias, como a de acabamento, por exemplo. Muitas tendências são criadas no
país e só depois aparecem na Europa", completa Ricardo
Caminada, seu sócio. Empresas de outros setores que
queiram mostrar produtos que divulguem a cultura brasileira também são bem-vindas.
CABIDE
A grife carioca Animale vai na contramão de marcas famosas da moda brasileira que foram vendidas a grandes
companhias do setor e quer construir, ela mesma, o seu
grupo. A empresa lançou a marca A.Brand, com investimentos de R$ 4 milhões para a primeira loja, e planeja
abrir outras cinco no próximo ano. A expectativa é vender
20.000 peças em 2010 e alcançar faturamento de R$ 15
milhões no primeiro ano, segundo Roberto Jatahy, presidente da empresa. "Pensamos em criar outra marca em
2011. Paralelamente, estamos conversando com três marcas em busca de associação ou compra", diz.
COBRE
Cerca de 35% dos empresários da indústria do cobre
afirmam que o faturamento
líquido cresceu mais que
10% no terceiro trimestre de
2009 ante o mesmo período
de 2008, segundo estudo da
Associação Brasileira do Cobre. Alta de até 10% foi registrada por 40% das empresas.
NA ÁREA
A Dimension Data, sul-africana de serviços de TI,
vai ampliar sua presença no
Brasil em 2010. Com faturamento global de U$ 4 bilhões, a empresa deve abrir
escritórios em Belo Horizonte, Rio e Porto Alegre.
INFÂNCIA
O Nobel de Economia James Heckman vai dar palestra no "Meeting On Early
Childhood Education",
evento organizado pela Academia Brasileira de Ciências,
nos dias 17 e 18, na FGV do
Rio. Heckman é um dos
maiores estudiosos da economia na infância.
MOBILIDADE
O Banco do Brasil, em parceria com a Samsung, vai
lançar um leitor de código de
barras pelo celular. O aplicativo captura o código de barras de boletos e contas de
água, luz, telefone e outros
pela câmera do aparelho.
com JOANA CUNHA e DENYSE GODOY
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