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Mercado Aberto
Guilherme Barros - guilherme.barros@uol.com.br
Juro vai cair e o crescimento seguirá baixo, diz Werlang
A taxa de juro vai continuar
em queda em 2007, mas o país
vai continuar a crescer em uma
faixa entre 3% e 3,5% neste
ano. O juro não é o principal indutor do crescimento do país.
A avaliação é do economista
Sergio Werlang, diretor do
Itaú, ao comentar as perspectivas para a economia neste ano.
Segundo ele, ainda há espaço
para a queda dos juros neste
ano. Ele aposta em uma redução de 0,5 ponto da Selic na
próxima reunião do Copom, e
prevê, para o final do ano, que a
taxa feche em 11% ou 11,5%.
O maior paradoxo é que o juro básico da economia, que já é
o menor da história do país e
sempre foi apontado como o
principal vilão do crescimento,
em nada vai contribuir para o
Brasil atingir taxas de expansão
mais próximas dos países
emergentes.
Não é só o juro que faz um
país crescer. O ano de 2006 já
mostra isso. Desde setembro de
2005, a Selic já caiu 6,5 ponto
percentual, e, mesmo assim, a
estimativa é que o PIB tenha
crescido abaixo de 3% neste
ano, apesar de o governo ter
previsto taxa acima de 4%.
Para o Brasil crescer, Werlang diz que, além do juro, há
outros fatores fundamentais
para estimular o investimento.
A aprovação da lei de regulação
das agências já deveria ter sido
feita, os ministérios não deveriam confrontar as agências reguladoras, o governo deveria
dar sinais de corte de despesas
-e não de aumento, como fez
ao elevar o salário mínimo-,
além de abrir espaço para o setor privado -e não ao contrário, como fez ao suspender o
programa de concessões das
rodovias federais.
Werlang afirma que está
preocupado com os sinais contraditórios emitidos pelo governo no início do ano. O aumento do mínimo para R$ 380,
por exemplo, foi muito superior à inflação passada e à futura, o que se traduz em menos
espaço para investimento do
setor público.
Ao mesmo tempo, a suspensão do programa de concessões, impedindo a entrada do
investimento privado, também
preocupa, já que o setor público
não tem dinheiro para investir.
Tudo isso, no entanto, segundo
Werlang, é reversível, desde
que o governo mude a política.
JOGO DURO
O principal motivo da saída de Furlan do governo é
sua mulher, Ana, que não
agüenta mais a vida de Brasília. Foi ela que deu o recado a Lula de que Furlan não
iria continuar no governo,
durante recente viagem de
avião de Manaus para Brasília. Lula ainda tenta mantê-lo no cargo, mas a tarefa parece impossível.
VOLTA ÀS AULAS
Começa hoje o período mais importante do ano para a Faber Castell, a temporada de preparação para a volta às aulas.
Para 2007, a empresa resolveu dar mais ênfase aos produtos
de maior valor agregado. As principais novidades são a extensão da linha Grip, lançada em 2006. "A divulgação será
focada principalmente em São Paulo", diz Gioji Okuhara,
presidente da Faber Castell. Outra novidade da empresa
neste ano é um software voltado para crianças. Já para o
Nordeste, a estratégia é focar na linha bicolor, mais econômica. "Decidimos com base em pesquisa de mercado", diz. A
expectativa da empresa é crescer 12% em 2007, dois pontos
percentuais a mais que no passado, e bem acima do que
cresceu todo o setor. "Segundo pesquisa da Nielsen, o mercado cresceu 3,8% em 2006", diz.
Multinacional investe em biodiesel no país
A Infinity Bio-Energy, do
setor sucroalcooleiro, acaba
de anunciar investimentos
de US$ 100 milhões na compra e construção de usinas
de biodiesel pelo Brasil. Os
investimentos se concentram em Goiás, São Paulo,
Paraná, Mato Grosso do Sul
e Estados do Nordeste.
Para Sérgio Thompson-Flores, presidente da empresa, "a meta é que ela seja,
em dois anos, a maior produtora e exportadora do
combustível no país".
O projeto inicial prevê a
produção de mais de 400
milhões de litros do combustível ao ano. A empresa
opera três usinas sucroalcooleiras no país.
RECORDE
A rede lotérica da Caixa
Econômica Federal realizou
23 milhões de transações
em 12 horas, no último concurso milionário da Mega
Sena. A direção da Caixa
pretende inscrever o fato,
inédito no sistema financeiro nacional, no "Guinness
Book". A média de transações nas máquinas chegou a
mil por segundo.
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