São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

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Dados da economia dos EUA marcam a semana

Índice de inflação e dados do Fed devem dominar agenda

DA REPORTAGEM LOCAL

Diferentes dados econômicos devem trazer uma volatilidade maior ao mercado financeiro global nos próximos dias.
Eventos econômicos nos EUA são o principal destaque. Números de inflação e atividade econômica são esperados pelos investidores e analistas.
"A agenda da semana é bastante carregada e conta com diversos destaques, principalmente dados relacionados à economia americana", afirma a Link Corretora.
Na quarta-feira, os agentes do mercado irão conhecer o resultado do PPI (índice de inflação ao produtor americano) de dezembro.
No mês de novembro, o PPI teve elevação de 2%, atingindo sua maior alta em 32 anos e surpreendendo o mercado.
Ainda na quarta, o mercado estará atento aos resultados do livro bege -compilação de dados econômicos feita pelo banco central dos EUA.
Como o mercado anda muito sensível aos dados da economia dos EUA, o livro bege pode fazer com que a quarta-feira seja o dia mais agitado da semana no mercado. "O livro bege serve de guia para as decisões do Fed [banco central dos EUA] em relação à taxa de juros do país", diz a Link Corretora.
Na quinta, é a vez de o CPI (inflação ao consumidor americano) ser divulgado.
No Brasil, a agenda será mais fraca, concentrada na divulgação de prévias de índices de preços na quinta-feira.
A Fipe vai divulgar a segunda prévia do IPC (Índice de Preços ao Consumidor). Na semana passada, a Fipe apontou inflação de 1,07% na primeira medição do ano -o maior índice desde a primeira quadrissemana de março de 2003.
A elevação das tarifas de ônibus e metrô foi a principal vilã da inflação em São Paulo. Em 2006, a inflação acumulada pelo IPC no município de São Paulo ficou em 2,55%, o mais baixo patamar em oito anos.
Também será conhecido, na quinta, o IGP-10, medido pela FGV.

Juros
A semana que vem deve ser mais agitada no mercado doméstico, com a realização do primeiro encontro do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) de 2007.
A reunião vai acontecer entre os dias 23 e 24.
Como o IBGE divulgou que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 3,14% em 2006, dentro das expectativas do mercado, os investidores seguiram posicionados, em sua maioria, à espera de uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica Selic. Uma parcela confia na queda de 0,50 ponto na taxa básica, que está hoje em 13,25%.
"O bom resultado do IPCA tem efeito positivo sobre as decisões do Copom quanto ao futuro da taxa de juros ao longo de 2007", afirma a consultoria Austin Rating em relatório.
"Porém, mesmo estando num ambiente favorável à continuidade da queda da taxa básica no ritmo de 0,50 ponto a cada nova reunião, acreditamos que a autoridade monetária colocará em prática sua parcimônia, desacelerando o ritmo de corte para 0,25 ponto em cada encontro", completa a consultoria.
Durante a semana passada, os juros futuros tiveram oscilações pequenas nos pregões da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Não foi diferente na sexta, com a divulgação de um IPCA sem surpresas.
A taxa do contrato DI (que mostra as projeções para os juros) que vence em seis meses recuou de 12,61% para 12,59% na semana. No contrato mais negociado, com vencimento em 12 meses, a taxa permaneceu estável, em 12,43%.


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